sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ler Matéria - Revista RIE - Salvação

Editorial

Deus promulgou leis plenas de sabedoria tendo por único objetivo o bem. Em si mesmo encontra o homem tudo que lhe é necessário para cumpri-las. Traça-lhe a rota a consciência, a lei divina lhe está gravada no coração e, ao demais, Deus lha lembra constantemente por intermédio de seus messias e profetas, de todos os Espíritos encarnados que trazem a missão de o esclarecer, moralizar e melhorar e, nestes últimos tempos, pela multidão de Espíritos desencarnados que se manifestam em toda parte. (G. III 6)1

Deus, todo bondade, pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o remédio. Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre arbítrio. Quando toma melhor caminho, é por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do outro. A necessidade, pois, o constrange a melhorar-se moralmente, para ser mais feliz. (G. III 7)1

Pode dizer-se que o mal é a ausência do bem, como o frio é a ausência do calor. Assim como o frio não é um fluido especial, também o mal não é um atributo distinto; um é o negativo do outro. Onde não existe o bem, forçosamente existe o mal. Não praticar o mal já é um princípio do bem. Deus somente quer o bem; só o homem procede o mal. (G. III 8)1

Em virtude de seu livre arbítrio, o homem não pende fatalmente nem para o bem, nem para o mal. Quis Deus que ele ficasse sujeito à lei do progresso e que o progresso resulte do seu trabalho, a fim de que lhe pertença o fruto deste, da mesma maneira que lhe cabe a responsabilidade do mal que por sua vontade pratique. (G. III 9)1

No abuso é que reside o mal e o homem abusa em virtude do seu livre arbítrio. Esclarecido, pelo seu próprio interesse, escolhe entre o bem e o mal.

Habituai-vos a não censurar o que não podeis compreender e crede que Deus é justo em todas as coisas. Muitas vezes o que vos parece um mal é um bem. Tão limitadas, no entanto, são as vossas faculdades, que o conjunto do grande todo não o apreendem os vossos sentidos obtusos. Esforçai-vos por sair, pelo pensamento, da vossa acanhada esfera e, à medida que vos elevardes, diminuirá para vós a importância da vida material que, nesse caso, se vos apresentará como simples incidente, no curso infinito da vossa existência espiritual, única existência verdadeira. (Ev. V 22)2

Fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam. (Ev. XII 1)2

Em fazer o bem sem ostentação há grande mérito; ainda mais meritório é ocultar a mão que dá; constitui marca de incontestável superioridade moral, porquanto, para encarar as coisas de mais alto do que o faz o vulgo, mister se torna abstrair da vida presente e identificar-se com a vida futura. (Ev. XIII 3)2

Fazer o bem apenas para receber demonstrações de reconhecimento é não o fazer com desinteresse, e o bem, feito desinteressadamente, é o único agradável a Deus. (Ev. XIII 19)2

O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. (Ev. XVII 3)2

A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus. (L.E. 629)3

O bem reinará na Terra quando, entre os Espíritos que a vêm habitar, os bons predominarem, porque, então, farão que aí reinem o amor e a justiça, fonte do bem e da felicidade. (L.E. 1018)3

O bem é uma couraça contra a qual virão sempre quebrar-se as armas da malevolência. (R.E. julho 1859, pág. 202)4



1. KARDEC, Allan. A Gênese.

2. idem. O Evangelho Segundo o Espiritismo.

3. idem. O Livro dos Espíritos.

4. Revista Espírita.

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