sexta-feira, 30 de março de 2012

Área Q

Área Q
Revolução no cinema brasileiro

Prezados amigos:

Conforme todos os espíritas sabem, a divulgação da doutrina chegou às telas dos cinemas, focando o grande público, e tem feito bastante sucesso, desde o primeiro filme, “Bezerra Menezes”, seguido depois pelo “Chico Xavier”, “Nosso Lar”, “As mães do Chico” e o “Filme dos Espíritos”. E vem mais dois filmes aí, um feito pelo Oceano Vieira e outro pelo nosso amigo Paulo Figueiredo.
O resultado desta divulgação tem sido impressionante, pois que muita gente tem buscado as obras espíritas, procurando saber mais sobre o Espiritismo, pela importância e a elegância como a mensagem tem sido mostrada, através desse meio de divulgação tão interessante, que é o cinema.
Mas isto não aconteceu por acaso. Teve um pioneiro, um audacioso e, na linguagem de alguns até mesmo um “maluco” que, por conta própria, resolveu tomar a iniciativa de investir na idéia, arregaçar as mangas e, com ou sem ajuda, partir para a luta.
 
Tania Khalil e Murilo Rosa

Esse cidadão chama-se Luiz Eduardo Granjeiro Girão, é de Fortaleza, no Ceará, um empresário que não teve medo nem vergonha de vincular o nome das suas empresas à divulgação do Espiritismo, e, por conta disto, não sofreu boicote nenhum a nenhuma das suas empresas, que atua em atividades distintas e até, muito pelo contrário, o seu complexo empresarial cresce cada vez mais e faz cada vez mais sucesso pela sua eficiência.
Eu tive a honra de ser o elemento que apresentou Luiz Eduardo para o movimento espírita, em 2001, através do meu programa Espiritismo via Satélite que, no início daquele ano, chegou a ser apoiado por ele.
O que é importante que todos saibam é que os filmes “Chico Xavier” e “Nosso Lar” só saíram, depois que perceberam que filme espírita dá bilheteria e, conseqüentemente, “dá dinheiro”. Não está errado isto não, o mercado tem que se orientar pelo mercado mesmo. Alguns vêm dizendo isto, o tempo todo, que a doutrina precisa ser levada ao grande público pelos meios de comunicação de massa mas, infelizmente, a praga da “humildade” de fachada não tem permitido que esses sejam ouvidos.
Apoiado ou não, Luiz Eduardo foi em frente, focou no seu ideal e está aí o resultado.
Agora ele, com sua valiosa equipe da Estação da Luz,volta a fazer novo filme que, a meu ver, será simplesmente revolucionário.

Área Q – Simplesmente maravilhoso

Luiz Eduardo (foto ao lado) mandou o Fernando Lobo, da sua equipe, vir à minha casa para mostrar-me o filme Area Q, em absoluta primeira mão, e eu, sinceramente, não estava nem acreditando no que estava vendo, pois, parecia produção hollywoodiana, não apenas pela presença de atores americanos, mas pelo nível de produção, tanto do ponto de vista técnico quanto artístico.
Este filme estará sendo lançado no cinema, nas principais capitais brasileiras, no dia 13 de abril e eu quero sugerir aos amigos que lotem os cinemas, porque vai valer a pena. Ao mesmo tempo, peço que o divulguem, também, nos centros espíritas e locais onde freqüenta.
Não é um filme rotulado espírita, não é filme de apelo doutrinário, é filme que certamente vai ter uma boa aceitação pelo grande público e sugiro, também, que convidem, sem receios, os seus amigos não espíritas porque, com certeza, ele vai ser interessante pra todo mundo, independente de rotulação religiosa.
Além do consagrado ator americano Isaiah Washington o filme trás também o Murilo Rosa e a Tania Kalil, atores globais que também são sucessos no cinema brasileiro.
Não vou entrar nos detalhes de como é o filme, porque ele tem o seu site onde você pode ver tudo, inclusive o elenco e eu sugiro que dê uma olhada lá.

http://www.areaqofilme.com.br.

        É demais, gente. Um verdadeiro show do cinema brasileiro que, certamente, será também sucesso mundial.
Abração


Alamar Régis Carvalho
Analista de Sistemas, Escritor e AINSF Dinastia
                         alamarregis@redevisao.net
                              www.redevisao.net

quarta-feira, 28 de março de 2012

Tópicos da Prece - Médium: Chico Xavier Autor: Be

Tela de Leitura
Tópicos da Prece 
Elevemos o nosso coração, sempre que possível, ao Senhor e confiemos em Sua Infinita Bondade!
Na prece está a nossa força e no serviço do Bem o nosso refúgio!
Confiemos nosso pensamento à oração e nossos braços ao trabalho com Cristo Jesus.
E Jesus solucionará os nossos problemas com a bênção do tempo.
Paz e esperança ao coração! Cada noite, apesar do cansaço, não olvides alguns minutos com a oração, para que se nos refaçam as forças.
As tarefas seguem intensas, contudo, quanto possível, os Amigos Espirituais procuram amparar-nos as energias e acrescentá-las ainda mais.
Meus irmãos, muitos Amigos da Espiritualidade sustentam-nos as forças na travessia difícil das horas que passam.
Através da oração recolheremos, como sempre, a inspiração de que necessitamos na superação das lutas redentoras.
Guardemos a tranqüilidade mental!
Através da oração, as tarefas do lar são sustentadas com a bênção do Alto.
Receberemos, pela oração, o concurso espiritual, rogando a Jesus para que os nossos corações sejam fortificados no caminho de dor e luz em que nos encontramos.
Agradeçamos a Jesus as bênçãos de cada dia e confiemos na proteção divina, hoje e sempre!
Cada noite consagremos alguns momentos à oração, momentos esses de que se valerão os Amigos Espirituais que nos amparam, a fim de insuflar-nos novas forças para o desempenho de nossas tarefas.
Reanimemo-nos e guardemos o bom ânimo na certeza de que a fé viva em Deus é luz que nos auxilia a dissipar todas as sombras.
Jesus nos abençoe!
Roguemos a Ele, nosso Eterno Benfeitor, nos abençoe os planos de trabalho e renovação à frente do futuro.
(livro: Apelos Cristãos. Francisco Cândido Xavier por Bezerra de Menezes)

Transmissão ao vivo da Videoaula - Projeto Espiritizar

Agora, todos os eventos poderam ser acessados online através de nossa TV virtual.Asista online, as 2ª, 3ª e 4ª terça-feiras de cada mês, de qualquer lugar do mundo os novos cursos do Projeto Espiritizar da Feemt.

O objetivo é a formação, a qualificação e a consequente espiritização dos trabalhadores dos Centros Espíritas através de um aprofundamento no estudo das obras básicas do Espiritimos e as obras complementares.


Os cursos ocorrem todas as 2ª, 3ª e 4ª terça-feiras de cada mês das 20h30 às 22h (horário de Cuiabá) na sede da Federação Espírita do Estado de Mato Grosso, com exceção da 1ª terça-feira de cada mês, tendo como facilitador Alírio de Cerqueira Filho.
HORÁRIOS:
Horário de Cuiabá: 20h30 às 22h
Horários de Brasília: 21h30 às 23h

Para realizar perguntas duante a transmissão, mande-as para o email: aovivo@espiritizar.org

terça-feira, 27 de março de 2012

10º Encontro Amigos da Boa Nova

 10º Encontro Amigos da Boa Nova

Esta chegando o 10º Encontro Amigos da Boa Nova. E nesta edição teremos muitas novidades para poder curtir juntos este maravilhoso encontro. Estamos a todo o vapor para realizar esta grande festa!
Os ingressos já estão à venda, as informações já estão disponiveis nas nossas redes sociais e você também pode entrar em contato através do telefone (11) 2458-3214.
E que rufem os tambores, pois o 10º Encontro Amigos da Boa Nova está chegando!
Equipe RBN__

quinta-feira, 22 de março de 2012

GEF faz aniversário e reeducandos ganham presente

Hoje a nossa casa completa 35 anos!



Visando cumprir a lei, o Juiz da execução penal de Várzea Grande, Abel Balbino Guimarães, determinou que a direção da Casa do Albergado reservasse espaço para que palestras educativas e religiosas começassem a ser proferidas, porém, não havia cadeiras suficientes para acomodar todos os reeducandos. 
Então, a REPARE, Rede Permanente de Assistência ao Recluso e ao Egresso, uma organização não governamental cujo objetivo é reintegrar os apenados, intermediou a doação de 55 (cinquenta e cinco) cadeiras para o albergue masculino de Várzea Grande.
Na presença do Juiz de Direito da Vara de Execução Penal, do Promotor de Justiça José Ricardo Costa Mattoso e da Defensora Pública Tânia Regina de Matos, representante da REPARE foi assinado no dia 28 de Fevereiro um termo de doação entre o Grupo Espírita Fraternidade, e a Casa do Albergado de Várzea Grande.
A iniciativa começou no dia 11 de março, com uma palestra proferida pela presidente do Grupo Espírita Fraternidade Maria Aparecida Conagin e visa reinserir os apenados ao convívio social. Não há prazo previsto para encerramento, pois, a cada três palestras assistidas, o reeducando ganhará um dia de folga para ficar em casa com sua família.
Receptiva a todas as religiões, a diretora do local que também é agente prisional de carreira, senhora Gisele da Silva Araújo, espera um resultado positivo já que a maior parte do tempo os albergados ficavam ociosos.
“Dependência Química e o Apoio da Família” será o tema da palestra do próximo sábado, dia 24/03/12, às 16h00 com a psicóloga e especialista em Psicoterapia em casais e família: Roselene Pereira dos Santos.

 

quarta-feira, 21 de março de 2012

Edição de Março de 2012 - Revista Reformador

A morte sem mistérios

Christiano Torchi
 Por que a morte, sendo tão natural quanto o nascimento, fenômeno corriqueiro ao qual todos estamos sujeitos, sem exceção, ainda é considerada algo sinistro e tão misterioso?
Por que ela é tão incompreendida e causa tanto sofrimento, sobretudo quando surpreende prematuramente nossos entes queridos?
O Espiritismo veio, em boa hora, desmistificar a morte, mostrando a sua verdadeira face, e, o que é mais importante, veio realçar a importância da vida, demonstrando que ela transcende a questão da sobrevivência. Entretanto, mesmo para os que estudam a realidade além-túmulo, a morte dos entes queridos é algo difícil de aceitar e administrar.
Isso mostra quanto ainda somos imaturos, espiritualmente, e quanto temos ainda de desmaterializar nossos pensamentos e sentimentos.

Todas as religiões pregam a imortalidade da alma, mas a Doutrina Espírita foi além: comprovou, cientificamente, a imortalidade e resgatou o espírito da matéria, “matando a morte”. Não se trata mais de convicção religiosa. Trata-se de estar bem ou mal informado, pois, sem prejuízo dos princípios revelados pelo Consolador, o Espírito já foi pesado, medido e fotografado por uma legião de sábios, pesquisadores e cientistas de renome, conforme registrado nos anais da História.

Muito da incompreensão e do temor da morte repousa no desconhecimento da natureza espiritual do homem e no desconhecimento do perispírito, este, o invólucro inseparável da alma ou Espírito, elemento semimaterial, fluídico, indestrutível, que serve de intermediário entre o Espírito e o corpo físico. O estudo das propriedades e das funções do perispírito dilata novos horizontes à Ciência e constitui a chave de uma grande quantidade de fenômenos, preconceituosamente negados pelo materialismo e qualificados por outras crenças como milagres ou sortilégios, entre eles a materialização de Espíritos, confundida com a “ressuscitação” ou “ressurreição” dos mortos.

Denomina-se “morte” o esgotamento ou a cessação da atividade vital nos organismos. Nós, os espíritas, chamamo-la “desencarnação”, palavra que designa, com maior precisão, o evento, pois o que se dá, na realidade, é o desprendimento do Espírito ou do princípio inteligente do corpo físico, que a esse se havia ligado por meio do fenômeno encarnatório.

Deus criou os Espíritos simples e ignorantes, impondo a eles encarnações sucessivas, com o objetivo de fazê-los chegar à perfeição, gradualmente, pelo próprio mérito. Logo, a evolução se processa por fases, pois não é possível escalar o cume glorioso da plena vitória espiritual sobre si mesmo num só voo. Assim, podemos comparar o mundo físico a uma escola, a um campo de provas para o Espírito. André Luiz afirma:

[...] O Espírito, eterno nos fundamentos, vale-se da matéria, transitória nas associações, como material didático, sempre mais elevado, no curso incessante da experiência para a integração com a Divindade Suprema. [...]1

O estágio na carne é o buril que esculpe o aperfeiçoamento do ser. Não é uma excursão de lazer a que somos convidados a gozar, à saciedade, na taça da vida, pois os excessos contribuem para a destruição prematura do corpo físico, equiparando-se a um suicídio inconsciente.
Com a desencarnação, o corpo grosseiro é descartado, à semelhança de uma roupa imprestável, que se desprende do perispírito e do Espírito, molécula a
molécula. Decompostos os elementos químicos, esses são restituídos à Natureza para serem reutilizados na construção de outros corpos. Sem a veste carnal, o Espírito, em vibração diferenciada, desaparece dos olhos físicos dos encarnados, como se mudasse de residência, mantendo-se intacto e conservando, em outra dimensão apropriada ao progresso realizado, todo o patrimônio de experiências adquiridas.

O corpo é o instrumento do progresso espiritual. A decomposição dele é uma sábia lei da Natureza, sem a qual não haveria renovação e transformação. A encarnação e a morte constituem ciclos na trajetória das criaturas, que permitem o desenvolvimento delas por etapas, o que proporciona, nos intervalos entre uma e outra existência física, a avaliação e a reavaliação das experiências, o planejamento das futuras encarnações, para o recomeço proveitoso de novas provas.

Se a morte fosse a destruição completa do homem (Espírito encarnado), muito ganhariam com ela os maus, pois se veriam livres, ao mesmo tempo, do corpo, do Espírito e dos vícios. É uma ideia materialista que repugna o bom-senso e a lógica. A crença de que após a morte física vem o nada, além de anticientífica, é incompatível com a perfeição, a justiça e a bondade do Criador.

A vida na carne é uma constante preparação para a morte.
Todos sabemos que esta é inexorável e pode acontecer a qualquer instante. Apesar disso, raramente valorizamos a existência e quase sempre desprezamos as oportunidades de crescimento:
A educação para a morte não é nenhuma forma de preparação religiosa para a conquista do Céu. É um processo educacional que tende a ajustar os educandos à realidade da Vida, que não consiste apenas no viver, mas também no existir e no transcender.2

Aqueles que, durante a vida terrena, se esforçarem sinceramente por se melhorar, mesmo errando durante o curso de sua existência, podem aguardar, serenos, a hora de seu retorno para o mundo espiritual, pois verão recompensados seus suores, dores e lágrimas. O Espírito Irmão X (Humberto de Campos) relaciona conselhos muito úteis para os que pretendem morrer bem. Eis o resumo de alguns deles, em forma de decálogo:

1. Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais.
2. Evite os abusos do álcool e do fumo.
3. Não se renda à tentação dos narcóticos.
4. Quanto ao sexo, guarde muito cuidado na preservação do seu equilíbrio emotivo.
5. Se tiver dinheiro, não adie doações aos que realmente precisem e observe cautela com testamentos, pois a morte pode chegar de surpresa, deixando-o aflito com pendências judiciais perante os familiares.
6. Não se apegue demasiado aos laços consanguíneos, pois os entes queridos não nos pertencem.
7. Se você já possui o tesouro de uma fé religiosa, viva de acordo com os preceitos que abraça. É muito grande a responsabilidade moral de quem já conhece o caminho, sem equilibrar-se dentro dele.
8. Faça o bem que puder, sem a preocupação de satisfazer a todos.
9. Trabalhe sempre. O serviço é o melhor dissolvente de nossas mágoas.
10. Ajude-se, através do leal cumprimento de seus deveres.3

Em nossa quadra evolutiva, é normal que sintamos tristeza pela partida, inesperada ou não, dos entes queridos. A lembrança e a saudade geralmente evidenciam o amor que nutrimos por eles, contudo, não devemos nos entregar ao desespero e à tristeza mórbida, sob pena de prejudicarmos o restabelecimento dos recém-desencarnados, pois nossos pensamentos e sentimentos os atingem em cheio.

Ademais, tal comportamento demonstra o nosso egoísmo pelo apego excessivo aos laços familiares, ou ainda a falta de confiança em Deus, de fé no futuro e na imortalidade dos entes queridos, dos quais, a rigor, nunca nos apartamos, havendo, até mesmo, a possibilidade de nos comunicarmos com eles.
É realmente consolador haurir a certeza da imortalidade da alma.
Assimilar esses conhecimentos, adquirir essa convicção eleva a nossa condição de Espíritos, o que nos faz sentir herdeiros do Criador e nos dá mais forças para vencer as dificuldades do dia a dia, permitindo que valorizemos ainda mais a vida.
A maior prova que damos de que realmente internalizamos as noções imortalistas do ser e da reencarnação é recebermos com resignação e coragem a notícia do passamento de nossos entes queridos.

Lamentar exageradamente a partida daqueles a quem amamos é falta de caridade, pois seria exigir a permanência deles na prisão do corpo, fustigados por todo o cortejo de provas da existência física, muitas vezes pelo egoísmo de tê-los junto de nós. Saibamos impor silêncio às nossas dores, entregando-nos ao trabalho do bem, que nos dará forças para prosseguirmos no cumprimento dos deveres. Morrer todos os dias para a existência inferior é uma forma de viver a vida eterna, construindo o futuro glorioso que nos aguarda.

1XAVIER, Francisco C. Obreiros da vida eterna. Pelo Espírito André Luiz. 33. ed. 4. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Cap. 19.
2PIRES, J. Herculano. Educação para a morte. 9. ed. São Paulo: Paideia, 2004. p. 23.
3XAVIER, Francisco C. Cartas e crônicas. Pelo Espírito Irmão X. 13. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 4. p. 21-24.



terça-feira, 20 de março de 2012

Edição de Março de 2012 - Revista Reformador

O Sermão Profético (Capa)

Marta Antunes Moura
O Sermão Profético, também chamado Discurso Escatológico, foi pronunciado por Jesus no monte das Oliveiras, o qual, em razão de sua amplitude, merece estudo mais aprofundado. O texto de Mateus (24:1-31), em seguida reproduzido, anuncia uma Era de Transição (versículos 6 a 26) e outra de Regeneração (versículos 27 a 31), segundo interpretação espírita.1

Introdução – (1) Jesus saiu do Templo, e como se afastava, os discípulos o alcançaram para fazê-lo notar as construções do Templo. (2) Mas ele respondeu-lhes: “Vedes tudo isto? Em verdade vos digo: não ficará aqui pedra sobre pedra: tudo será destruído”. (3) Estando ele sentado no monte das Oliveiras, os discípulos foram pedir-lhe, em particular: “Dize-nos quando vai ser isso, qual o sinal da tua vinda e do fim desta época”. O princípio das dores – (4) Jesus respondeu: “Atenção para que ninguém vos engane. 5Pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘O Cristo sou eu’, e enganarão a muitos. (6) Haveis de ouvir falar sobre guerras e rumores de guerras. Cuidado para não vos alarmardes. É preciso que essas coisas aconteçam, mas ainda não é o fim. (7) Pois se levantará nação contra nação e reino contra reino. E haverá fome e terremotos em todos os lugares. (8) Tudo isso será o princípio das dores”.

(9) Nesse tempo, vos entregarão à tribulação e vos matarão, e sereis odiados de todos os povos por causa do meu nome. (10) E então muitos sucumbirão, haverá traições e guerras intestinas. (11) E surgirão falsos profetas em grande número e enganarão a muitos.

(12) E pelo crescimento da iniquidade, o amor de muitos esfriará. (13) Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. (14) E este Evangelho do Reino será proclamado no mundo inteiro, como testamento para todas as nações. E então virá o fim. A grande tribulação de Jerusalém – (15) Quando, portanto, virdes a abominação da desolação, de que fala o profeta Daniel, instalada no lugar santo – que o leitor entenda! – (16) então, os que estiverem na Judeia fujam para as montanhas, (17) aquele que estiver no terraço, não desça para apanhar as coisas da sua casa, (18) e aquele que estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua veste! (19) Ai daquelas que estiverem grávidas e estiverem amamentando naqueles dias! (20) Pedi que a vossa fuga não aconteça no inverno ou num sábado. (21) Pois naquele tempo haverá grande tribulação, tal como não houve desde o princípio do mundo até agora, nem tornará a haver jamais.

(22) E se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma vida se salvaria. Mas, por causa dos eleitos, aqueles dias serão abreviados. (23) Então, se alguém vos disser: “Olha o Cristo aqui!” ou “ali!”, não creiais. (24) Pois hão de surgir falsos Cristos e falsos profetas, que apresentarão grandes sinais e prodígios, de modo a enganar, se possível, até mesmo os eleitos. (25) Eis que vos preveni. A vinda do Filho do Homem será manifesta – (26) Se, portanto, vos disserem: “Ei-lo no deserto”, não vades até lá; “Ei-lo em lugares retirados”, não creiais. (27) Pois assim como o relâmpago parte do oriente e brilha até o poente, assim será a vinda do Filho do Homem. (28) Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres.
A amplitude cósmica desse acontecimento – (29) Logo após a tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. (30) Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem e todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória. (31) Ele enviará os seus anjos que, ao som da grande trombeta, reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma extremidade até a outra extremidade do céu.

A profecia indica a sucessão de dois grandes acontecimentos na humanidade terrestre: um de sofrimento, denominado Transição, outro de paz, conhecido como Regeneração. Por trás do simbolismo presente no texto evangélico, destacam-se quatro ordens de ideias: um alerta, a descrição da natureza das tribulações, o comportamento dos verdadeiros cristãos perante os acontecimentos e aspectos significativos do reinado da paz. O alerta está relacionado aos falsos profetas (versículos 4-6; 11 e 23-26), pois [...] Em todos os tempos houve homens que exploraram, em proveito de suas ambições, de seus interesses e do anseio de dominação, certos conhecimentos que possuíam, a fim de alcançarem o prestígio de um poder sobre-humano, ou de uma pretensa missão divina. São esses os falsos cristos e os falsos profetas. [...]2

Sabemos, contudo, que o “verdadeiro profeta se reconhece por características mais sérias e exclusivamente morais”. (2) Comuns nos dias atuais, os falsos profetas, encarnados e desencarnados, produzem um clima de intranquilidade e de negatividade por onde passam, à semelhança dos abutres que se alimentam de cadáveres (versículo 28: “onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres”). Emmanuel pondera a respeito com sabedoria:

Essa figura, de alta significação simbológica, é dos mais fortes apelos do Senhor, conclamando os servidores do Evangelho aos movimentos do trabalho santificante. [...]
Um homem que se afirma invariavelmente infeliz fornece a impressão de que respira num sepulcro; todavia, quando procura renovar o próprio caminho, as aves escuras da tristeza negativa se afastam para mais longe. Luta contra os cadáveres de qualquer natureza que se abriguem em teu mundo interior. Deixa que o divino sol da espiritualidade te penetre, pois, enquanto fores ataúde de coisas mortas, serás seguido, de perto, pelas águias da destruição.3

A natureza das tribulações é diversificada: a) Conflitos entre os povos (versículos 6, 7 e 10); b) Guerras (versículo 6) que, “como todo tipo de violência humana, individual ou coletiva, não são resultantes da vontade de Deus, mas sim expressões do egoísmo e do orgulho imperantes nos mundos atrasados como o nosso”;4 c) Flagelos e Catástrofes (versículos 7, 9, 15-21 e 29), alguns decorrentes da ação humana (versículos 7, 9 e 10), outros, como terremotos (versículo 7) e acidentes cósmicos (versículo 29), consequentes das transformações na Natureza. Os flagelos destruidores, naturais ou independentes do homem, devem ser considerados como “[...] provas que dão ao homem oportunidade de exercitar a inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus, permitindo-lhe manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, caso o egoísmo não o domine”.5

Perante qualquer tipo de provação ou calamidade, Jesus ensina qual deve ser o comportamento do verdadeiro cristão: manter-se resguardado na firmeza  da fé, pois quem “perseverar até o fim, esse será salvo” (versículo 13); não ter apego aos bens materiais: “então, os que estiverem na Judeia fujampara as montanhas, aquele que estiver no terraço, não desça para apanhar as coisas da sua casa, e aquele que estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua veste!” (versículos 16 a 18). Demonstrar espírito de sacrifício e de resignação: “Ai daquelas que estiverem grávidas e estiverem amamentando naqueles dias! Pedi que a vossa fuga não aconteça no inverno ou num sábado. Pois naquele tempo haverá grande tribulação, tal como não houve desde o princípio do mundo até agora, nem tornará a haver jamais” (versículos 19 a 21).

O reinado da paz se instalará, efetivamente, a partir da Regeneração, quando o “Evangelho do Reino [for] proclamado no mundo inteiro, como testamento para todas as nações” (versículo 14). São palavras condizentes com outra profecia, registrada por João, (10:16): “então haverá um só rebanho e um só pastor”. Sendo assim, [...] Jesus anuncia claramente que os homens um dia se unirão por uma crença única; mas, como poderá efetuar-se essa união? A tarefa parece difícil, tendo em vista as diferenças que existem entre as religiões, os antagonismos que elas alimentam entre os seus respectivos adeptos e a obstinação que manifestam em se acreditarem na posse exclusiva da verdade. [...] Entretanto, a unidade se fará em religião, como já tende a fazer-se social, política e comercialmente, pela queda das barreiras que separam os povos, pela assimilação dos costumes, dos usos, da linguagem. [...] Ela se fará pela força das coisas, porque se tornará uma necessidade, a fim de que se estreitem os laços de fraternidade entre as nações [...].6

Os versículos finais da profecia (30 e 31) – “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem e todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória. Ele enviará os seus anjos que, ao som da grande trombeta, reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma extremidade até a outra extremidade do céu”– sugerem o retorno do Cristo ao Planeta.Kardec analisa, porém, que Jesus “[...] não diz que voltará à Terra com um corpo carnal, nem que personificará o Consolador. Apresenta-se como tendo de vir em Espírito, na glória de seu Pai, para julgar o mérito e o demérito e dar a cada um segundo as suas obras, quando os tempos forem chegados”.7

Referências:

1BÍBLIA DE JERUSALÉM. Diversos tradutores. São Paulo: Paulus, 2004. 3. reimp. Novo Testamento. Cap. Discurso escatológico.
2KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 21, it. 6, p. 394.
3XAVIER, Francisco C. Pão nosso. Pelo Espírito Emmnuel. 29. ed. 4. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Cap. 32.
4SOUZA, Juvanir Borges. Tempo de renovação. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. Cap. 16, p. 131.
5KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Q. 740.
6______. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2011. Cap. 17, it. 32, p. 489.
7______. ______. It. 45, p. 498.

segunda-feira, 19 de março de 2012

MAIORIDADE

... O menor é abençoado pelo maior", - Paulo. (HEBREUS. 7:7).

Em todas as atividades da vida, há quem alcance a maioridade natural entre os seus parentes, companheiros ou contemporâneos.
Há quem se faz maior na experiência física, no conhecimento, na virtude ou na competência.
De modo geral, contudo, aquele que se vê guindado a qualquer nível de superioridade costuma valer-se da situação para esquecer seu débito para com o espírito comum.
Muitas vezes quem atinge a maioridade financeira torna-se avarento, quem encontra o destaque científico faz-se vaidoso e quem se vê na galeria do poder abraça o orgulho vão.
A Lei da Vida, porém, não recomenda o exclusivismo e a separatividade.
Segundo os princípios divinos, todo progresso legítimo se converter em bênçãos para a coletividade inteira.
A própria Natureza oferece lições sublimes nesse sentido.
Cresce a árvore para a frutificação.
Cresce a fonte para benefício do solo.
Se cresceste em experiência ou em elevação de qualquer espécie, lembra-te da comunhão fraternal com todos.
O Sol, com seus raios de luz, não desampara a furna barrenta e não desdenha o verme.
Desenvolvimento é poder.
Repara como empregas as vantagens de que a tua existência foi acrescentada. O Espírito Mais Alto de quantos já se manifestaram na Terra aceitou o sacrifício supremo, a fim de auxiliar a todos, sem condições.
Não te esqueças de que, segundo o Estatuto Divino, o "menor é abençoado pelo maior".

Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

sexta-feira, 16 de março de 2012

PELOS FRUTOS

"Por seus frutos os conhecereis".
- Jesus. MATEUS, 7:16

Nem pelo tamanho.
Nem pela configuração.
Nem pelas ramagens.
Nem pela imponência da copa.
Nem pelos rebentos verdes.
Nem pelas pontas ressequidas.
Nem pelo aspecto brilhante.
Nem pela apresentação desagradável.
Nem pela antiguidade do tronco.
Nem pela fragilidade das folhas.
Nem pela casca rústica ou delicada.
Nem pelas flores perfumadas ou inodoras.
Nem pelo aroma atraente.
Nem pelas emanações repulsivas.
     Árvore alguma será conhecida ou amada pelas aparências exteriores,  mas sim pelos frutos, peja utilidade, pela produção.
     Assim também nosso espírito em plena jornada...
     Ninguém que se consagre realmente à verdade dará testemunho de nós pelo que parecemos, pela superficialidade de nossa vida, pela epiderme de nossas atitudes ou expressões individuais percebidas ou
apreciadas de passagem, mas sim pela substância de nossa colaboração no progresso comum, pela importância de nosso concurso no bem geral.
     - "Pelos frutos os conhecereis" - disse o Mestre.
     - "Pelas nossas ações seremos conhecidos"
     - repetiremos nós.

Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

FEB - FEDERAÇÃO ESP�RITA BRASILEIRA - FEB - Federação Espírita Brasileira - SGAN 603 - Conjunto F - Av. L2 Norte - Brasília - DF - CEP 70.830-030 - Telefone: (61) 2101 6161

quinta-feira, 15 de março de 2012

TVCEI promove uma série de videoaulas

Confiança, Mediunidade, Administração da Casa Espírita, Anjos e Demônios, Conhecimento da Verdade são algumas das abordagens em uma série de videoaulas promovidas pela TV do Conselho Espírita Internacional. Com uma média de 30 minutos de duração e formato dinâmico, contam com apresentação de André Siqueira, Carlos Campetti, Geraldo Campetti, Sandra Ventura, Wilson Henrique, entre outros. Informações e link para acesso: www.tvcei.com 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Gestão de Centros Espíritas


O site da Federação Espírita Brasileira – FEB abrirá inscrições para o curso “Movimento Espírita – Estrutura e Funcionamento”, na segunda quinzena de março.

A equipe da Secretaria Geral do CFN da FEB prevê para 2012 o lançamento de novos cursos do Projeto "Gestão de Centros Espíritas", dentro da sequência: O Dirigente e os Colaboradores, O Dirigente e o Processo de Trabalho, Aspectos Gerais da Organização Jurídica no Centro Espírita e A Sustentabilidade Financeira do Centro Espírita. Aguardem!

Mais informações pelo site: www.febnet.org.br

terça-feira, 13 de março de 2012

Mulher: Aprendizado, Respeito e Amor

Há algumas semanas comemorou-se o dia da mulher. Naquela ocasião, um amigo presenteou a sua esposa com flores. Esse amigo tem uma avó carinhosa; uma mãe com muitas qualidades, mas a principal delas é a “mera” condição de ser mãe; tem também uma irmã amiga; uma esposa dedicada e esforçada e uma filha ainda na fase da meiguice infantil, estando, destarte, rodeado de mulheres que para ele devem ser especiais, principalmente por serem estereótipos de pessoas merecedoras de muito amor e respeito.

Nada obstante, em sua vida social, nas ruas e em demais locais públicos, o referido amigo apresenta uma conduta estranhamente diversa do que qualquer homem que vive rodeado de tantas mulheres especiais, a princípio, deveria ter. Ocorre que seus olhares insinuantes e comentários de baixo calão moral, denegridor das reais, essenciais e perenes qualidades femininas, cujas mulheres de sua família também possuem, denotam ser tal pessoa portadora de algum distúrbio de ordem emocional, ou então, ser mais uma vítima de uma educação machista, preconceituosa e castradora. Pode ser um doente psicológico, carecendo de tratamento, contudo, tal iniciativa terapêutica deve partir do próprio enfermo, sob pena de não surtir os ideais efeitos salutares, valendo lembrar que a vida, não raro, se encarrega de proporcionar excelentes ocasiões de reflexão para tal tipo de pessoa, muitas vezes pelo rigoroso remédio da “dor”.

A visão discriminatória e machista, como temos notado, é uma herança milenar, limitando não somente a capacidade do homem de ter olhos de ver aquilo que deveria estar nítido a sua volta, ou seja, a beleza feminina, os delicados sentimentos e expectativas da mulher, como também cerceia seu próprio campo de crescimento intelecto-moral, eis que o machista fecha-se num mundo que, em verdade, não existe, porém, que lhe é mais confortável para não aceitar-se como ser espiritual que vive, momentaneamente, em sociedade. Ademais, pela ótica espírita, o Espírito, ser imortal que já existia antes do regresso ao corpo físico e que sobrevive à morte deste, sendo, assim, destinado ao aprimoramento constante, à perfeição, é um ser sem sexo definido, podendo encarnar-se ora num corpo masculino, ora num feminino, de acordo com as necessárias experiências e provas pelas quais precisa vivenciar.

Cabe aos filósofos e antropólogos definirem com toda propriedade possível a origem do machismo. Certamente, até mesmo por uma questão fisiológica, o homem foi durante muito tempo o ser mais forte e, portanto, mais poderoso. Todavia, não há como deixarmos de perceber que muitas pessoas, fazendo interpretação literal dos textos ditos sagrados, como, por exemplo, a bíblia, e ao invés de desenvolver suas virtudes acabam por adquirir vícios, como o machismo. Dizem alguns, que Deus primeiro criou o homem e, portanto, este seria um ser superior à mulher. Somente depois, para que o primeiro não ficasse sozinho e triste, o Grande Arquiteto do Universo, Causa Primária de Todas Coisas, fez a mulher, de uma forma muito peculiar, a qual já é bem conhecida. Infelizmente, a beleza simbólica dessa história deixa de ser verificada para dar lugar a uma disputa desnecessária e prejudicial para aqueles que se permitem enveredar pelo tortuoso caminho da arrogância.

Jesus, o maior líder que já passou pela Terra (e que dela jamais se afastou) foi o maior feminista de todos os tempos, tendo, após sua morte, aparecido pela primeira vez para uma mulher. Em várias passagens evangélicas vemos o Mestre Nazareno equiparar a mulher ao homem, como a lei humana brasileira tenta fazer até os dias atuais. Basta recordarmos o caso da mulher que foi pega cometendo adultério e trazida até Jesus com a recomendação, de seus perseguidores, de que a lei de Moisés determinava o apedrejamento de mulheres flagradas naquela situação. Inicialmente, importa salientar que trouxeram “uma mulher” à presença de Nosso Senhor Jesus Cristo, oportunizando-nos algumas perguntas: essa mulher cometia adultério consigo mesma (fato impossível), ou, como quer parecer, havia um homem com ela? Onde estava esse homem durante o julgamento, cuja pena já estava aparentemente pré-estabelecida? Então tal homem havia sido seduzido pela mulher pecadora, ou, como na maioria dos casos, foi ele quem a manipulou para sair do caminho escorreito? E na atualidade, por que somente as esposas de personalidades da vida política têm a coragem de perdoá-los publicamente? Será que se tais homens figurassem como vítimas de adultério teriam a mesma postura nobre?

Com toda didática e exemplificação vívida que marcou seus passos, naquele caso, Jesus somente devolveu o mal com o bem, convidando os afoitos personagens daquele tribunal a céu aberto a atirar a primeira pedra, começando daquele que estivesse sem pecado. Interessante lembrarmos daquilo que numa de suas obras o Espírito Humberto de Campos narra, revelando que o Mestre abaixou-se novamente e passou a escrever no solo os tropeços e defeitos morais (pecados) cometidos pelas pessoas presentes ao local, e, levantando-se novamente, viu que não havia mais ninguém ali, tendo advertido a mulher para que não voltasse mais a se equivocar, pois somente a ela competiria fazer seu autojulgamento.

Portanto, os Evangelhos estão cheios de apontamentos feministas (não radicais), como este: “Aprendestes que foi dito aos antigos: “Não cometereis adultério. Eu, porém, vos digo que aquele que houver olhado uma mulher, com mau desejo para com ela, já em seu coração cometeu adultério com ela” (S. Mateus, cap. V, vv.27 e 28). Logo, quando um homem se perceber num momento de fraqueza e tentação diante de uma mulher, que diga para si próprio: “e se fosse minha filha (ou minha mãe, esposa, avó, irmã, etc.) como eu me sentiria, qual seria a minha atitude?”

Se é importante assemelhar-se a uma criança para ser digno de entrar no reino dos céus, torna-se inevitável para o homem aproximar da conduta feminina, sensível, amorosa, espiritualizada, a fim de bem viver em sociedade, aproveitando a ensancha reencarnatória para evoluir, afinal, parafraseando, um artista brasileiro, “ser um homem feminino não fere nosso lado masculino”, o que não equivale a dizer que os homens devem perder a masculinidade, mas sim, aprender com as mulheres, respeitando, valorizando e as amando.

Nestor Fernandes Fidelis

sexta-feira, 9 de março de 2012

Encontro Membros Fórum Espírita

Encontro Membros Fórum Espírita

II Encontro Mundial do Fórum Espírita

Tema central: Educação do Espírito

Dia 31 de março no GEMB - Grupo Espírita Manuel Bento - Santana/SP-Capital

Conheça a programação e faça sua inscrição através do link: www.forumespirita.net/encontro 

Qualquer dúvida, entre em contato através do email: encontro@forumespirita.net

Inscrições até dia 10 de março. Não perca!!!

Esperamos por vocês!

2º Encontro Mundial Fórum Espírita. Será no dia 31 de Março de 2012 em São Paulo. Inscrições limitadas, faça já a sua aqui.



Estudo mensal março: Transição


O que pode nos acontecer no momento da morte? Sofreremos ao fazer esta passagem? Sentiremos dor ou prazer? Eis os estudos que realizaremos aqui no fórum, durante o mês de Março. Todos os tópicos utilizados como fonte de estudo estão 100% baseados em Allan Kardec, mais especialmente em O Céu e o Inferno. Para que nosso estudo mereça a confiança de todos, estabeleceremos todos os nossos debates exclusivamente com base em Allan Kardec e não utilizaremos, em momento algum, obras complementares, acreditando na suficiência do Codificador e dos Espíritos que o assessoraram para a compreensão do assunto em questão.
Para assistir ao estudo numa transmissão em direto via Internet, que vai decorrer neste sábado dia 10 de março às 20h (Brasília), basta aceder neste link nesse horário.

quinta-feira, 8 de março de 2012

O DIA INTERNACIONAL DA MULHER ESPÍRITA

No momento em que se comemora a 8 de março O DIA INTERNACIONAL DA MULHER, o jornal Verdade e Luz cumprimenta a todas as mulheres que, de uma forma ou de outra, têm contribuído com o progresso moral da Humanidade.

O Espírito, criado simples e ignorante, liga-se ao elemento material para desenvolver todo o seu potencial intelectual e moral, a fim de vir a ser Espírito puro, como demonstrou ser o Mestre Jesus, quando veio viver na Terra.

Assim, o homem e a mulher, Espíritos aperfeiçoando-se, recebem do elemento material a forma física, com todas as suas características, necessidades ao seu desenvolvimento.

Então, a mulher, tanto quanto o homem, tem a mesma importância e as possibilidades no processo evolutivo da humanidade e da Terra.

A mulher espírita, assim compreendendo, assume a sua responsabilidade na família, na vida profissional e nas atividades de estudo e divulgação da doutrina espírita, não buscando imitar os homens, ou competir com eles, mas, trabalhando ao lado deles, na tarefa de melhorar este mundo, doando do que tem.

Vê-se assim, a francesa Amèlie-Gabrielle Boudet, apoiando seu esposo Allan Kardec, enfrentando preconceitos, dificuldades financeiras, acompanhando-o nas viagens, trabalhando com ele, e após seu desencarne, assumindo suas responsabilidades, comparecendo até no tribunal de justiça em defesa do Espiritismo.

Vê-se também a espanhola Amália Domingo y Soler, "a Grã-Senhora do Espiritismo", como a chamou o escritor argentino César Bogo, que dedicou sua vida a divulgar o Espiritismo, na Espanha, através da imprensa, lutando sempre com enfermidades, principalmente com a cegueira, e debatendo com os contrários da nova doutrina.

Assim também, a brasileira Anália Franco, emérita educadora, não mediu esforços para desenvolver e concretizar seus projetos na construção de casas-lares para as crianças desamparadas. Sua ação não se limitou ao meio espírita, porquanto, como educadora tornou-se respeitada e admirada por autoridades públicas e religiosas, em uma época de ferrenhos ataques ao Espiritismo.

Sem a presença da mulher na Terra, o homem careceria de exemplos concretos de sensibilidade humana em alto grau de expressão.

Fonte:
Jornal Verdade e Luz.

FEB: Medalha Chico Xavier – Comenda da Paz

Na noite do dia 2 de março ocorreu a solenidade de entrega da Medalha Chico Xavier – Comenda da Paz, em Uberaba (MG). Pela FEB, seu presidente Nestor João Masotti recebeu a homenagem. Entre personalidades do Movimento Espírita também receberam a Comenda: Saulo Gomes (SP) e Neusa Aparecida de Assis - Donda (MG). Informações: diretoria@febnet.org.br

segunda-feira, 5 de março de 2012

Evangelho no lar

Evangelho no lar é o estudo do Evangelho de Jesus em reunião familiar.
O Culto do Evangelho no Lar é praticado fielmente à data e ao horário semanal estabelecidos, desta forma atrai-se para o convívio doméstico Jesus e Espíritos Superiores, que orientam e amparam, estimulam e protegem .

Festival de Cinema Transcendental

O segundo Festival de Cinema Transcendental ocorre em Brasília de 26 a 29 de março e em Fortaleza de 9 a 12 de abril com organização da produtora Estação da Luz que promoveu os longas “Chico Xavier”, “Bezerra de Menezes: o Diário de um Espírito” e “As mães de Chico Xavier “. O evento contará com mostra de vídeos e premiações. Informações no site www.cinematranscendental.com.br ou nos telefones (85) 3260-5140 e (61) 3964-8104.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Noite inexcedível

Vivia-se o período da supremacia do poder absoluto sobre as pessoas e as nações.
 
O ser humano era, de alguma sorte, alimária submetida ao jugo das paixões dos conquistadores impiedosos e dos regimes perversos.
 
Os direitos repousavam nos poderes execrandos que não distinguiam justos de injustos, nobres de serviçais, todos colocados na mesma lixeira de degradação gerada pelos fâmulos das glórias mentirosas de um dia.
 
A Terra estorcegava sob as legiões romanas que, embora tolerassem alguns cultos dos vencidos e as suas tradições, estorquiam ao máximo todas as possibilidades de sobrevivência, mediante impostos absurdos e perseguições sem nome.
 
Esplendia o Império em glórias da literatura, da arte, da beleza, mas, sobretudo, da guerra.
 
Espalhadas, praticamente, por quase todo o mundo conhecido, não havia fronteiras para delimitar o poder de Roma, que se assenhoreara do planeta através das suas forças poderosas.
 
Antes desse período, Alexandre Magno, da Macedônia, Ciro, rei dos persas, Aníbal, o cartaginês e outros sicários dos povos haviam passado, deixando rastros de destruição e de desgraça, assinalando as suas conquistas com o pesado tributo das vidas que eram arrebatadas.
 
O mundo sofria a opressão dos mais perversos e a lei era sempre aplicada pelas armas de aniquilamento das vidas.
 
Israel havia perdido a direção do seu pensamento vinculado ao Deus único, padecendo as injunções arbitrárias dos seus governantes insanos, encontrando-se sob o jugo de Herodes, o Grande, que nem sequer era judeu, mas idumeu. Tentando harmonizar a sua origem com a raça hebreia, casou-se com Marianne, de origem hasmoniana, filha de nobre sacerdote do Templo, a quem mandou matar por inconcebível suspeita de adultério, como fizera com alguns dos seus próprios filhos, temendo que lhe tomassem o poder.
 
Tentando diminuir os ódios da raça que administrava, encarregou-se de embelezar o Templo, adornando-o com uma parreira de ouro maciço numa das laterais de entrada, e continuando a construção grandiosa, que seria derrubada por Tito, no ano 70 d. C., não ficando pedra sobre pedra.
 
O seu execrando governo deixou marcas inapagáveis de imoralidade e de perversão por toda parte, facultando que o povo sofresse todos os tipos de perseguição e aumentasse a sanha dos ódios entre as diferentes classes.
 
A religião descera ao fundo do poço do desrespeito às leis mosaicas e às tradições proféticas, tornando-se um negócio rendoso que engabelava os frequentadores do Templo de Jerusalém e das sinagogas, mais caracterizados pelos formalismos do que, realmente, pelo significado espiritual que desaparecera quase em totalidade.
 
Raros, eram os sacerdotes escrupulosos e respeitáveis, porquanto a imensa maioria se encontrava mancomunada com os governantes em lamentáveis conciliábulos de exploração da ignorância e da superstição.
*   *   *
É nesse clima de hostilidades e no surgimento de uma fase nova na governança do Império romano, que nasceu Jesus.
 
Contrastando com as construções luxuosas e as hospedarias erguidas no fausto e na ostentação, Ele veio ter com a Humanidade numa gruta modesta de calcário nas cercanias de Belém, numa noite arrebatadora de estrelas fulgurantes em verdadeira orquestração de luzes.
 
Ao invés da presença da elite em torno do seu berço e dos destacados administradores do país, esteve cercado pelos pais e pelos animais domésticos que dormiam na modesta brecha da Natureza.
 
O vento frio que soprava no exterior não perturbava o aquecimento pela fogueira no pequenino espaço em que Ele dormia.
 
Nada obstante, uma insuperável musicalidade angélica esparzia as vibrações harmônicas em toda parte, anunciando a chegada à Terra do Seu Rei e Senhor.
 
Nunca mais o opróbrio ganharia prêmios nem se destacaria nas comunidades humanas, porque Ele viera para que os oprimidos experimentassem o arrebentar das grilhetas, os vencidos pudessem respirar o ar balsâmico da liberdade, os infelizes tivessem ensejo de cultivar a esperança e os abandonados recebessem carinho onde quer que se encontrassem.
 
Jesus foi o Homem que demarcou a História com a Sua presença, assinalando-lhe todos os fastos antes e depois da Sua estada entre nós.
 
Mais tarde, atendendo às injunções tradicionais, Seus pais levaram-nO ao Templo, onde foi reconhecido como o Messias e distinguido por Simeão e Ana que logo O identificaram.
Ainda jovem, retornou ao grande santuário durante as celebrações da Páscoa, que mais tarde se tornarão trágicas, enfrentando os astutos sacerdotes num diálogo extraordinário, a todos confundindo com a Sua palavra excepcional.
 
(...)E, posteriormente, saiu a ensinar o amor e a vivê-lo em toda a sua gloriosa dimensão, modificando a paisagem humana do planeta que, embora ainda não haja absorvido todos os Seus ensinamentos, caminha, inexoravelmente, para o clímax após a transição que hoje experimenta.
 
Jesus não é um símbolo da grandeza do amor, mas o Amor mesmo em nome do Pai, alterando a legislação dos homens, sempre interesseiros, e da governança, invariavelmente injusta, em novas condutas para a felicidade dos povos.
 
Sob todos os aspectos considerados, é excepcional o Seu ministério terrestre e incomparável a Sua dedicação.
 
Ruiu o Império Romano, outros o sucederam, modificaram-se as organizações terrestres, a Sua doutrina foi ultrajada pelos interesses mesquinhos dos infiéis seguidores, mas ela permanece imutável na mensagem moral de que se reveste, renascendo sob outras formas de dedicação e de caridade, como caminhos de autoiluminação e de vida para todas as criaturas.
 
Logo mais, celebrar-se-ão as festas evocativas daquela noite inexcedível.
 
Faze silêncio de oração e deixa-te mimetizar pelo psiquismo do Mestre a quem amas, dedicando a tua existência ao serviço de amor, nestes tormentosos dias da Humanidade.
 
Não permitas que o Natal seja apenas uma festa vulgar de trocas de presentes e de comilanças, mas, sobretudo, de espiritualidade, contribuindo para que a dor seja menos sofrida e o desespero ceda lugar à alegria em memória dEle, o Conquistador inconquistado.
Joanna de Ângelis.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, no dia 30 de setembro de 2011, na Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia.
Em 27.01.2012.