sábado, 31 de dezembro de 2011

Mensagem de Ano Novo

Para ser feliz,


próspero,

vencedor,

receber amores e dádivas,

bênçãos e distinções,

podes formular votos,

tecer esperanças,

alinhavar projetos,

enumerar decisões,

vestir cores certas,

brindar à sorte.



Porém,

se no coração,

o homem velho prossegue,

se o ontem ainda te governa,

se melhoras apenas te farão,

mais forte no que te é dispensável,

então prosseguirás,

ano após ano,

imerso no mesmo tempo,

estacionário,

por livre e espontânea vontade,

de um eterno ano velho,

passado.







André Luiz



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Reflexões Sobre a Calúnia

             Ninguém passa pela jornada terrestre sem experimentar o cerco da ignorância e da imperfeição humana.
Considerado como planeta-escola, o mundo físico é abençoado reduto de aprendizagem, no qual são exercitados os valores que dignificam, em detrimento das heranças ancestrais que assinalam o passado de todas as criaturas, no seu penoso processo de aquisição da consciência.
Herdando as experiências transatas nos seus conteúdos bons e maus, por um largo período predominam aqueles de natureza primitiva, por estarem mais fixados nos painéis dos hábitos morais, mantendo os instintos agressivos-defensivos que se vão transformando em emoções, prioritamente egoicas, em contínuos conflitos com o Si-mesmo e com todos aqueles que fazem parte do grupo social onde se movimentam. Inevitalmente, as imposições inferiores são muito mais fortes do que aquelas que proporcionam a ascensão espiritual, liberando o orgulho, a inveja, o ressentimento, a agressividade, o despotismo, a perseguição, a mentira, a calúnia e outros perversos comportamentos que defluem do ego atormentado.
Toda vez, quando o indivíduo se sente ameaçado na sua fortaleza de egotismo pelos valores dignificantes do próximo, é dominado pela inveja e investe furibundo, atacando aquele que supõe seu adversário.
Porque ainda se compraz na situação deplorável em que se estorcega, não deseja permitir que outros rompam as barreiras que imobilizam as emoções dignas e os esforços de desenvolvimento espiritual, assacando calúnias contra o inimigo, gerando dificuldades ao seu trabalho, criando desentendimentos em sua volta, produzindo campanhas difamatórias, em mecanismos de preservação da própria inferioridade.
Recusando-se, consciente ou inconscientemente, a crescer e igualar-se àqueles que estão conquistando os tesouros do discernimento, da verdade, do bem, transforma-se, na ociosidade mental e moral em que permanece, em seu cruel perseguidor, não lhe dando trégua e retroalimentando-se com a própria insânia.
Torna-se revel e não aceita esclarecimento, não admitindo que outrem se encontre em melhor situação emocional do que ele, que se autovaloriza e se autopromove, comprazendo-se em persegui-lo e em malsiná-lo.
Ninguém consegue realizar algo de enobrecido e dignificante na Terra sem sofrer-lhe a sanha, liberando a inveja e o ciúme que experimenta quando confrontado com as pessoas ricas de amor e de bondade, de conhecimentos e de realizações edificantes.
A calúnia é a arma poderosa de que se utilizam esses enfermos da alma, que a esgrimem de maneira covarde para tisnar a reputação do seu próximo, a quem não conseguem equiparar-se, optando pelo seu rebaixamento, quando seria muito mais fácil a própria ascensão no rumo da felicidade.
A calúnia, desse modo, é instrumento perverso que a crueldade dissemina com um sorriso e certo ar de vitória, valendo-se das imperfeições de outros cômpares que a ampliam, sombreando a estrada dos conquistadores do futuro.
Nada obstante, a calúnia é também uma névoa que o sol da verdade dilui, não conseguindo ir além da sombra que dificulta a marcha e das acusações aleivosas que afligem a quem lhe ofereça consideração e perca tempo em contestá-la.
* * *
Nunca te permitas afligir, quando tomes conhecimento das acusações mentirosas que se divulgam a teu respeito, assim como de tudo quanto fazes.
Evita envenenar-te com os seus conteúdos doentios, não reservando espaço mental ou emocional para que se te fixem, levando-te a reflexões e análises que atormentam pela sua injustiça e maldade.
Se alguém tem algo contra ti, que se te acerque e exponha, caso seja honesto.
Se cometeste algum erro ou equívoco que te coloque em situação penosa e outrem o percebe, sendo uma pessoa digna, que se dirija diretamente a ti, solicitando esclarecimentos ou oferecendo ajuda, a fim de que demonstre a lisura do seu comportamento.
Se ages de maneira incorreta em relação a outrem e esse experimenta mal-estar e desagrado, tratando-se de alguém responsável, que te procure e mantenha um diálogo esclarecedor.
Quando, porém, surgem na imprensa ou nas correspondências, nas comunicações verbais ou nos veículos da mídia, acusações graves contra ti,sem que antes haja havido a possibilidade de um esclarecimento de tua parte, permanece tranquilo, porque esse adversário não deseja informações cabíveis, mas mantém o interesse subalterno de projetar a própria imagem, utilizando-se de ti...
Quando consultado pelos iracundos donos da verdade e policiais da conduta alheia com a arrogância com que se comportam, exigindo-te defesas e testemunhos, não lhes dês importância, porque o valor que se atribuem, somente eles mesmos se permitem...
Não vives a soldo de ninguém e o teu é o trabalho de iluminação de consciências, de desenvolvimento intelecto-moral, de fraternidade e de amor em nome de Jesus, não te encontrando sob o comando de quem quer que seja. Em razão disso, faculta-te a liberdade de agir e de pensar conforme te aprouver, sem solicitar licença ou permissão de outrem.
Desde que o teu labor não agride a sociedade, não fere a ninguém, antes, pelo contrário, é de socorro a todos quantos padecem carência, continua sem temor nem sofrimento na realização daquilo que consideras importante para a tua existência.
Desmente a calúnia mediante os atos de bondade e de perseverança no ideal superior do Bem.
Somente acreditam em maledicências, aqueles que se alimentam da fantasia e da mentira.
Alegra-te, de certo modo, porque te encontras sob a alça-de-mira dos contumazes inimigos do progresso
Todos aqueles que edificaram a sociedade sob qualquer ângulo examinado, padeceram a crueza desses Espíritos infelizes, invejosos e insensatos.
Criando leis absurdas para aplicarem-nas contra os outros, estabelecendo dogmas e sistemas de dominação, programando condutas arbitrárias e organizando tribunais perversos, esses instrumentos do mal, telementalizados pelas forças tiranizantes da erraticidade inferior, tornaram-se em todas as épocas inimigos do progresso, da fraternidade que odeiam, do amor contra o qual vivem armados...
Apiada-te, portanto, de todo aquele que se transforme em teu algoz, que te crie embaraços às realizações edificantes com Jesus, que gere ciúmes e cizânia em referência às tuas atividades, orando por eles e envolvendo-te na lã do Cordeiro de Deus, sedo compassivo e misericordioso, nunca revidando-lhes mal por mal, nem acusação por acusação...
A força do ideal que abraças, dar-te-á coragem e valor para o prosseguimento do serviço a que te dedicas, e quanto mais ferido, mais caluniado, certamente mais convicto da excelência dos teus propósitos, da tua vinculação com o Sumo Bem.
* * *
Como puderam, aqueles que conviveram com Jesus, recusar-Lhe o apoio, a misericórdia, a orientação?
Após receberem ajuda para as mazelas que os martirizavam, como é possível compreender que, dentre dez leprosos, somente um voltou para agradecer-Lhe?
Como foi possível a Pedro, que era Seu amigo, que O recebia no seu lar, que convivia em intimidade com Ele, negá-lO, não uma vez, mas três vezes sucessivas?!
...E Judas, que O amava, vendê-lO e beijá-lO a fim de que fosse identificado pelos Seus inimigos naquela noite de horror?!
Sucede que o véu da carne obnubila o discernimento mesmo em alguns Espíritos nobres, e as injunções sociais, culturais, emocionais, neles produzem atitudes desconcertantes, em antagonismos terríveis às convicções mantidas na mente e no coração.
Todos os seres humanos são frágeis e podem tornar-se vítimas de situações penosas.
Assim, não julgues a ninguém, entregando-te em totalidade Àquele que nunca Se enganou, jamais tergiversou, e deu-Se em absoluta renúncia do ego, para demonstrar que é o Caminho da Verdade e da Vida.


Médium: Divaldo Franco Autor: Joanna de Ângelis

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

SE

        
Se alguém pretende magoá-lo, e você não aceita a ofensa, ele não o conseguirá, por mais o tente.
Se outrem enunciou cruel calúnia para desmoralizá-lo, e ele mente, como é óbvio, você prosseguirá como antes.
Se alguma pessoa de temperamento áspero não simpatiza com você, e a sua é uma atitude de compreensão, de forma alguma você será afetado pelas suas vibrações negativas.
Se um amigo de largo tempo desertou da sua companhia, acusando-o injustamente, e você se encontra com a consciência tranquila, não prosseguirá a sós.
Se você foi acusado por perversidade ou inveja de alguém, e se permanece consciente da sua honorabilidade, nada mudará em sua vida.
Se você se vê a braços com inimigos ferrenhos, mas não revida o mal que lhe desejam, conseguirá expressiva vitória na sua marcha ascensional.
Se apupado e desrespeitado, você percebe que o fazem por despeito e sentimentos inferiores, não se detendo na torpe situação, você é um vencedor.
Se algumas criaturas demonstram desagrado ante a sua presença, e você consegue desculpá-las, a sua é a postura adequada.
* * *
Nunca tome para você as agressões dos outros, mesmo quando citado nominalmente.
A grande maioria dos indivíduos vê o seu próximo mediante a projeção dos próprios conflitos, e nem sequer dão-se conta da insensatez que os domina.
É fácil identificar nos outros ou transferir as próprias torpezas e insânias, raramente os tesouros das virtudes que escasseiam.
Mantenha-se em paz, não se considerando tão importante, que seja sempre motivo da agressão e da maldade dos outros.
Sempre haverá opositores e vítimas na sociedade.
Que você seja a tranquilidade de consciência a serviço do Bem libertador.
Se você assim proceder, o mal dos outros nunca lhe fará mal, mas o seu bem a todos fará muito bem. 


Médium: Divaldo Franco Autor: Marco Prisco

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Editora Espiritizar


Este mês está nascendo a Editora Espiritizar, a editora da Federação Espírita do Estado de Mato Grosso, com a publicação do seu primeiro livro: Fluidoterapia Espírita: Passes e Água Fluidificada do escritor Alírio de Cerqueira Filho. 
A editora espiritizar foi criada com o objetivo de difundir o Projeto Espiritizar criado pela Feemt para desenvolver a tríade qualificar, humanizar e espiritizar sugerida pela Veneranda Mentora Joanna de Ângelis ao movimento espírita.
O Projeto Espiritizar com a nova editora torna-se mais eficaz, pois além dos cursos em dvd e mp3 que o projeto colocava à disposição do Movimento Espírita, teremos agora todos os cursos e seminários também em livros, bem como outras obras cujo objetivo é humanizar o nosso movimento espírita em Mato Grosso, extensivo ao restante do mundo.
A editora espiritizar tem como valores fundamentais a fidelidade à Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec, cujo objetivo e reviver o Evangelho de Jesus em espírito e verdade, difundindo as premissas do Consolador prometido pelo mundo.
Nunca o Movimento Espírita necessitou de uma proposta como a do Projeto Espiritizar como na atual época em que estamos vivenciando, pois o movimento tem se afastado das bases kardequianas.
Nos últimos tempos muitas editoras têm sido criadas, em sua maioria com objetivos materiais e lucrativos para os seus donos ou para instituições beneficentes. Em virtude disso, obras e mais obras têm sido publicadas com impropriedades doutrinárias muito grandes, produzindo muitos malefícios para o movimento espírita.
Por isso, ações como o Projeto Espiritizar e agora com a criação da Editora Espiritizar visam minimizar esses desvios, a partir de reflexões que fazemos para que haja um retorno às bases doutrinárias, com uma fidelidade a Jesus e Kardec.
A nossa primeira obra: Fluidoterapia Espírita - Passes e Água Fluidificada é um livro fruto de um estudo das obras básicas kardequianas e de obras subsidiárias idôneas, que se baseiam também no Pentateuco Kardequiano, para que todos possam, com base no bom-senso kardequiano, refletir e tirar as suas conclusões sobre como deve ser desenvolvida a fluidoterapia espírita nos Centros Espíritas. Além do passe, estudamos a água fluidificada e a irradiação ou passe a distância.
 
          Na questão da fluidoterapia espírita, bem como em todos os setores, é fundamental que os Centros Espíritas busquem efetivamente as bases kardequianas, pois nos últimos tempos temos visto vários Centros se desviarem de sua função nessa área.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Vida e Valores (Débitos e créditos)

O empresário Gordon Gould teve ensejo de expressar-se dizendo que, para ele, uma das coisas mais importantes desses tempos do mundo é a contabilidade de débitos e créditos. E ele alinhava uma série de razões para justificar o seu entendimento.
Vale lembrar que essa contabilidade de débitos e créditos nasceu no Século XV, mais propriamente em 1494 e foi criada por um monge franciscano chamado Luca Pacioli.
Esse monge franciscano criou essa metodologia exatamente para auxiliar aos mercadores, aos comerciantes, negociantes de Veneza que precisavam gerenciar suas economias crescentes.
Precisavam administrar seu dinheiro de uma forma eficiente e encontraram, no trabalho do monge franciscano Luca Pacioli, um elemento importantíssimo para que eles pudessem analisar perdas, ganhos, no bojo das suas realizações.
A partir daí, a Humanidade tem experimentado muito sucesso ao fazer uso dessa contabilidade: débito - crédito.
Isso entrou de tal modo na vida das comunidades do mundo inteiro que hoje faz parte dos cursos de contabilidade, de economia, de administração e usamos essa maneira de pensar, essa metodologia de lidar com valores, no nosso cotidiano.
Falamos em outros contextos a respeito de débito e crédito, em termos morais: Você tem débito comigo. Eu tenho crédito com você. Você tem créditos para comigo. Eu tenho débitos para com você.
A partir disso, a ideia de Luca Pacioli espalhou-se pelo mundo e é tão importante verificarmos que todos nós, de uma maneira ou de outra, teremos o nosso tempo de prestar contas do que estamos fazendo da nossa existência.
Não foi à toa que Jesus Cristo, um dia, exprimiu-Se dizendo que o administrador daria conta da sua administração.
Quando pensamos em administração, não é apenas a administração de negócios, de dinheiro mas, nesse sentido amplo, é a administração de nossa vida e, se não sabemos bem administrá-la, certamente contrairemos débitos.
Se conseguirmos bem administrar nossa vida, teremos os créditos decorrentes de nosso juízo, de nossa boa ação, da grandeza que criamos com a nossa vida na Terra.
Por isso é que nos cabe refletir, nos cabe pensar nessa dinâmica da vida de todos nós e de cada um em particular, que nos remete sempre a fazer esse balanço, entre os créditos que a Divindade nos confiou e os débitos que  contraímos, face ao mau uso ou ao desuso desses créditos Divinos.
É por isso que percebemos que cada vez que usamos mal, por exemplo, o crédito da palavra, usamos mal o nosso falar, adquirimos débitos para o futuro.
Cada vez que utilizamos mal o crédito da visão, criamos problemas para o nosso amanhã.
O crédito dos nossos pés, da nossa inteligência, das oportunidades sociais, tudo isto vai fazendo parte dos elementos de que dispomos na Terra para viver da melhor maneira.
Você sabe quantas bênçãos a vida lhe ofereceu e lhe oferece? A família, os amigos, o trabalho, a saúde, as oportunidades variadas e não se justifica que, diante de tantas oportunidades, façamos mau uso. Nada obstante, muitas vezes, em nome da nossa loucura, da nossa inconsciência, acabamos por usar mal os créditos que a Divindade nos confiou e teremos que acertar isso um dia.
*   *   *
É importantíssimo, nesse capítulo de débitos e créditos, na contabilidade criada por Pacioli, verificarmos que, um dia, o Codificador Espírita Allan Kardec perguntou aos Bons Espíritos a respeito do que poderíamos fazer para superarmos as tentações do mal e para realizarmos com proveito a nossa jornada terrestre.
Os Nobres Guias da Humanidade responderam que um velho sábio da Antiguidade já nos houvera dito: Conhece-te a ti mesmo.
Allan Kardec voltou à carga e perguntou: Entendi o sentido desse autoconhecimento. O problema está exatamente em como fazê-lo. Como poderemos realizar isto?
O Espírito Santo Agostinho respondeu: Fazei como eu fazia quando estava no mundo. Ao final de cada dia, fazia o levantamento de como eu houvera vivido, aquilo que realizara em prejuízo do próximo, em meu próprio prejuízo. Aquilo que eu tivesse feito em contraposição às Leis Divinas.
Fazia uma tomada de débitos e créditos, dizemos nós e, graças a isso, ficamos com uma fórmula, digamos assim, para realizar esse esforço pelo autoconhecimento.
Não é fácil porque quase sempre nos ocultamos de nós mesmos ou, pelo menos, tentamos fazê-lo. Ao nos ocultar de nós mesmos, vamos dando desculpas que nada desculpam para os nossos atos: Eu fiz porque Fulano me provocou, eu deixei de fazer porque Beltrano não me ajudou.
Vamos sempre empurrando para longe, jogando para fora de nós as responsabilidades que são nossas.
Na medida em que queremos nos conhecer de fato, assumimos nossas falhas e nossos acertos. Aquilo que erramos, colocamos no prato simbólico de uma balança e aquilo que acertamos colocamos no outro prato da balança.
A partir daí, teremos o estabelecimento do peso entre débito e crédito, o que nos sobrará.
Quando estamos fazendo esforços por nos conhecer, não nos envergonhamos dos erros que ainda cometemos e nem queremos fugir dos acertos que empreendemos.
Há coisas maravilhosas que já fazemos. Para que esconder isso de nós? Para que fingir que não fazemos? Mas, ainda há muita sombra nas nossas atitudes e por que tentar ocultar isso de nós?
Se carregarmos uma mazela, uma ferida e negarmos que a conduzimos, quando é que vamos tratá-la?
O mais especial é quando assumimos que levamos uma chaga aberta porque então muitos se apresentarão para ajudar nesse processo do tratamento.
Cada qual de nós diante da vida carrega as coisas boas que já fez, as coisas felizes que faz, seus créditos. O bom uso daquilo que Deus nos deu, o bom uso daquilo que Deus nos dá são créditos mas, muitas vezes, fugimos do bom tom, nos perdemos nesses labirintos de equívocos e carregamos débitos.
Não há nenhum motivo para desesperação, não há nenhum motivo para que nos percamos desfigurados de remorsos, desejando morrer. O tempo de agora é o tempo da oportunidade. Desejaremos viver para corrigir o que ficou mal pintado em nossa tela.
É o tempo de acertar, corrigindo o passo que não tenha sido bem dado em nossa vida e, graças a isso, trabalharemos no sentido de que a contabilidade Divina possa reconhecer nossos créditos e justificar os nossos débitos com as coisas boas que fazemos.
Foi o Apóstolo Simão Pedro que fechou de forma notável esse ensinamento ao nos dizer que o amor cobre multidões de pecados.
Todos nós na Terra somos Espíritos nessa faixa de provações, de expiações, com necessidades de aprender, de pagar dívidas mas com a grande oportunidade de desenvolver em nós o amor sob todos os aspectos consideráveis, porque somente o amor cobre multidões de pecados.

Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 203, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Programa gravado em agosto de 2009.
                                                                         Em 25.04.2011.
   

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

15 DE DEZEMBRO - DIA DO ESPERANTO

O Esperanto foi criado em 1887 pelo oftalmologista e filósofo Luwik Lejzera Zamenhof, para ser uma língua universal. A idéia era facilitar a comunicação dos povos com uma língua de fácil aprendizado e vocábulo reduzido. Hoje em dia o Esperanto é usado em viagens, intercâmbios culturais, literatura, convenções e normalmente em eventos que exijam mais de um idioma. Zamenhof editou seu primeiro livro sobre a língua em 26 de julho de 1887, em russo, embora fosse polonês. Sua terra natal, Bialystok, na Polônia, estava sob o domínio do império russo na época. Zamenhof, que era contra a dominação russa, decidiu criar um idioma para acabar com o litígio entre os povos, acreditando que falar a mesma língua era o que faltava para as diferentes culturas se entenderem. O número de pessoas que aderiram à nova língua foi considerado surpreendente, até por Zamenhof. Seu livro, UNUA LIBRO, foi lançado na  Alemanha, na França e na Rússia. Logo chegou ao Japão, China e parte das Américas. No Brasil, o primeiro  grupo de Esperanto foi fundado em Campinas sob o nome de SUDA STELARO, em 1906, 19 anos após a criação da língua. Mas diante dos acontecimentos das grandes guerras mundiais, o movimento esperantista sofre uma parada grotesca: as tropas hitlerianas passaram a perseguir e matar  os esperantistas.  Stalin segue o exemplo de Hitler nessa perseguição  sem sentido, e promove uma verdadeira dizimação na família Zamenhof. A perseguição alcançou proporções inesperadas até no Japão e na China.

Com o término da segunda grande guerra, o esperanto volta a ter força. Em 1954, a UNESCO reconhece oficialmente o esperanto como língua.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Natal é Vida

Eis o Natal que nos bafeja agora,
Trazendo bênçãos de Jesus ao mundo
A distribuir o seu amor fecundo,
Natal que em nós nova esperança aflora.
 
Quando é Natal o nosso ser se ancora
No amor fraterno, em sentido profundo;
Buscamos paz de segundo a segundo,
Para o nosso planeta que estertora.
 
Quando é Natal há sempre um canto novo
Que traz Jesus a socorrer o povo,
Povo que nunca Ele deixou a sós.
 
Natal é vida que abundante exprime
Lição do céu que transforma e redime,
Se Jesus renascer dentro de nós.
 
Sebastião Lasneau
 
 
 
(Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 12/11/2011, durante a reunião do Conselho Federativo
Nacional da FEB, em Brasília-DF)
Distribuição da Federação Espírita Brasileira
 
 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Crendices e Mediunidade

Alírio de Cerqueira Filho
A maioria das pessoas leigas quando ouve falar de mediunidade tem reações diversas.
Existe o grupo dos que acreditam que toda atividade mediúnica é coisa do demônio e que deve ser evitada a qualquer custo, sob pena daqueles que “mexem com essas coisas”, conforme dizem, irem para o inferno sofrerem punições por ousarem lidar com essa prática.
As pessoas desse grupo confundem a mediunidade com a magia negra, que é uma prática milenar que envolve o mediunismo voltado ao mal das pessoas, uma prática que infelizmente existe.
Como ignoram a diferença da prática da mediunidade como Jesus e os Seus apóstolos nos ensinaram, sobretudo pelo exemplo de vida, bem como por ações como a transfiguração de Jesus no Monte Tabor, em que ele dialoga com Moisés e Elias, dois Espíritos desencarnados, dentre outras passagens nas quais Jesus demonstra ser o Médium de Deus.
Nos Atos dos Apóstolos há descrições de inúmero fatos mediúnicos envolvendo os apóstolos a começar pelos eventos ocorridos em pentecostes, demonstrando ser a mediunidade uma prática usual nos primeiros tempos do Cristianismo, como acontece hoje nos Centros Espíritas, que têm como objetivo principal reviver o Evangelho de Jesus e as práticas cristãs dos primórdios do Cristianismo nascente.
Existe outro grupo que acredita que a mediunidade é algo sobrenatural, sendo os médiuns verdadeiros semideuses infalíveis, e que tudo que provenha deles é a pura expressão da verdade. As pessoas que acreditam nisso são muito místicas e desconhecem o que é ser médium e o significado da mediunidade. Muitas pessoas que participam do Movimento Espírita estão nesse rol, tornando os médiuns verdadeiros mitos.
A mediunidade nem é um ato demoníaco, nem tampouco um passaporte para a perfeição espiritual. Trata-se de uma faculdade que um Ser Humano pode ser dotado para que possa desempenhar uma tarefa de autoesclarecimento e, por extensão, de esclarecimento daqueles que partilharão da sua tarefa como médium.
O médium é, por isso, uma pessoa comum que se destaca das demais por ter um sexto sentido mais aguçado, fato que lhe possibilita a percepção em maior intensidade da dimensão espiritual, mas que, como diz Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, todas as pessoas possuem em maior ou menor grau.
A Doutrina Espírita tem como objetivo disciplinar o fenômeno mediúnico, que não foi criado por ela, mas que existe desde todo o sempre. A prática mediúnica somente pode ser disciplinada quando trabalhada à luz do Evangelho de Jesus.
Segundo o Espiritismo todo médium está em uma tarefa de se autoevangelizar, constituindo-se a atividade mediúnica em uma grande oportunidade de autoconhecimento e autotransformação, quando o médium desenvolve as suas tarefas sempre tendo Jesus como modelo e guia e Allan Kardec como o instrutor imprescindível para o bom êxito de sua atividade.
 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Uma voz no vento

Ação, fecundidade, vida, progresso e luz! – eis o poema da Natureza cantando a sua própria glória! Eis o hino inimitável, eterno e intraduzível, que desce dos tabernáculos sagrados, embeleza e harmoniza a mesma Vida, para de novo evolver, em haustos de vibrações consecutivas!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

"Amar os inimigos é perdoar-lhes e lhes retribuir o mal com o bem. O que assim procede se torna superior aos seus inimigos, ao passo que abaixo deles se coloca , se procura tomar vingança."

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Seminário "Mediunidade: Caminho para redenção"

Datas e horários:
10.dez (sábado) | 14h - 18h
11.dez (domingo)| 9h- 12h

Local: Centro de Eventos do Pantanal - Cuiabá-MT

Taxa de contribuição: R$30,00

Inscrições (65) 3644-2727
Suely Caldas Shubert
Suely Caldas Schubert nasceu em Carangola, MG. Desde jovem, dedica-se às atividades espíritas, especialmente no âmbito da mediunidade e da divulgação do Espiritismo. Autora de nove livros, é também conhecida expositora, tendo realizado dezenas de palestras no Brasil e no exterior.
Pela Editora da Federação Espírita Brasileira lançou seus dois primeiros livros – Obsessão/Desobsessão: Profilaxia e Terapêutica (1981) e Testemunhos de Chico Xavier (1986).
Outros livros de sua autoria são O Semeador de Estrelas (1989), Ante os Tempos Novos (1996), ambos pela Editora LEAL; Mediunidade: Caminho para ser Feliz (1999), pela Editora Didier; e Transtornos Mentais (2001), pela Minas Editora.
Em 1986, Suely fundou com um grupo de companheiros a Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, em Juiz de Fora, da qual foi a primeira presidente e hoje exerce a vice-presidência. Tem uma atividade intensa na Aliança Municipal Espírita dessa cidade, onde reside e é diretora do Departamento de Mediunidade.
 

Bate papo com Suely Caldas Shubert

O Centro Espírita Francisco de Assis, em Várzea Grande, convida para um bate papo com Suely Caldas Schubert nesta sexta-feira , dia 9 , às 20 horas. Como o espaço é pequeno, orientamos chegar mais cedo. Imperdível.
Endereço: Rua do Livramento, Nº 215 (obs.: Atrás do Terminal André Maggi)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

SALÁRIOS

“E contentai-vos com o vosso soldo.” — João Batista. (LUCAS, CAPÍTULO 3, VERSÍCULO 14.)

A resposta de João Batista aos soldados, que lhe rogavam esclarecimentos, é modelo de concisão de bom senso.
Muita gente se perde através de inextricáveis labirintos, em virtude da compreensão deficiente acerca dos problemas de remuneração na vida comum.
Operários existem que reclamam salários devidos a ministros, sem cogitarem das graves responsabilidades que, não raro, convertem os administradores do mundo em vítimas da inquietação e da insônia, quando não seja em mártires de representações e banquetes.
Há homens cultos que vendem a paz do lar em troca da dilatação de vencimentos.
Inúmeras pessoas seguem, da mocidade à velhice do corpo, ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por não se conformarem com os ordenados mensais que as circunstâncias do caminho humano lhes assinalam, dentro dos imperscrutáveis Desígnios.
Não é por demasia de remuneração que a criatura se integrará nos quadros divinos.
Se um homem permanece consciente quanto aos deveres que lhe competem, quanto mais altamente pago, estará mais intranqüilo.
Desde muito, esclarece a filosofia popular que para a grande nau surgirá a grande tormenta.
Contentar-se cada servidor com o próprio salário é prova de elevada compreensão, ante a justiça do Todo-Poderoso. Antes, pois, de analisar o pagamento da Terra, habitua-te a valorizar as concessões do Céu.

Do livro Pão Nosso

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Jantar Beneficente


O Grupo Espírita Fraternidade realiza no próximo sábado, 03.12, um Jantar Beneficente em prol da continuidade das atividades da Casa Espírita. O evento será realizado nas dependências da Casa, a partir das 20h30.

Valor: R$ 15,00 reais por pessoa

Data e hora: 03.12 – 20h30

Onde: Dependências do Grupo Espírita Fraternidade, Rua Fraternidade, n.10, bairro Jd. Imperador II, Várzea Grande

Seminário Mediunidade: Caminha para redenção

 
Seminário "Mediunidade: Caminho para redenção"

Datas e horários:
10.dez (sábado) | 14h - 18h
11.dez (domingo)| 9h- 12h

Local: Centro de Eventos do Pantanal - Cuiabá-MT

Taxa de contribuição: R$30,00

Inscrições (65) 3644-2727
Suely Caldas Shubert
Suely Caldas Schubert nasceu em Carangola, MG. Desde jovem, dedica-se às atividades espíritas, especialmente no âmbito da mediunidade e da divulgação do Espiritismo. Autora de nove livros, é também conhecida expositora, tendo realizado dezenas de palestras no Brasil e no exterior.
Pela Editora da Federação Espírita Brasileira lançou seus dois primeiros livros – Obsessão/Desobsessão: Profilaxia e Terapêutica (1981) e Testemunhos de Chico Xavier (1986).
Outros livros de sua autoria são O Semeador de Estrelas (1989), Ante os Tempos Novos (1996), ambos pela Editora LEAL; Mediunidade: Caminho para ser Feliz (1999), pela Editora Didier; e Transtornos Mentais (2001), pela Minas Editora.
Em 1986, Suely fundou com um grupo de companheiros a Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, em Juiz de Fora, da qual foi a primeira presidente e hoje exerce a vice-presidência. Tem uma atividade intensa na Aliança Municipal Espírita dessa cidade, onde reside e é diretora do Departamento de Mediunidade.

Crueldade inimaginável

Quando se esperava que a cultura, a ética e a civilização alterassem o comportamento do ser humano, mais se constata, na atualidade, o seu imenso atraso moral, examinando-se-lhe a perversidade de que é portador, que se lhe demora coberta pelo verniz social que desaparece quando as paixões inferiores tomam-lhe conta do ego.
Mesmo nos dias atuais de cibernética e comunicação virtual, de satélites que pesquisam os espaços e daqueles que têm objetivos de espionagem, repetem-se as cenas detestáveis de horror que prosseguem assinalando a História.
Na África negra, as rivalidades tribais continuam corroendo-lhe a intimidade, assassinando centenas de milhares de vidas em guerras intermináveis, como as das etnias tutsies e hutus, que são o resultado de governança de ditadores desalmados que enriquecem demasiadamente ceifando as existências de todos aqueles que não compactuam com a sua tirania, algumas delas amparadas por civilizações progressistas de outros continentes, que os exploram com os seus armamentos e artefatos de destruição, bem como através do concurso da sua tecnologia e comércio de quinquilharias em nome da modernidade...
Por outro lado, povos infelizes como os curdos no Líbano, no Iraque e em outros países são dizimados sistematicamente, conforme ocorreu com as várias etnias que habitavam os Bálcãs nos lamentáveis dias da destruição da poderosa Yugoslávia, organizada ferozmente numa falsa união pelo ditador Tito...
A interminável luta e os variados atentados entre judeus e palestinos, ao lado das terríveis vinganças realizadas pelas organizações criminosas que tomam a bandeira das liberdades políticas, organizando o terrorismo de todo porte que destrói milhares de vítimas, cada vez mais deploravelmente, como vem acontecendo em todo o mundo e, em particular, no Afeganistão, na Índia, no Paquistão, nas Filipinas e em diversos outros territórios, como a Chechênia...
Nas prisões em que se encontram terroristas, como não há muito, no Iraque, depois em Guantánamo, ou na Turquia e em inúmeros países ditos civilizados, os métodos bárbaros para arrancar confissões, assim como nas selvas da Colômbia com os sequestrados pelo narcotráfico, estarrecem mesmo as pessoas denominadas de sangue frio.
O exemplo insano, entretanto, encontra-se presente na destruição em massa dos judeus e dos poloneses programada por Hitler, de um lado, e por Stalin, de outro, deixaram marcas inapagáveis na memória dos tempos, demonstrando que a barbárie independe de raça, cultura, nacionalidade ou situação econômica, encontrando-se no cerne do Espírito que, de um para outro momento, assume a sua brutalidade espalhando o terror e a desgraça sobre as permanentes vítimas inermes, que são os demais seres humanos.
Como se pode imaginar que, somente no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, em menos de cinco anos foram assassinadas maquinalmente um milhão e cem mil vítimas do ódio patológico dos nazistas, sem qualquer motivo, como se motivo houvesse para tão insólita calamidade!
Apenas 27 mil prisioneiros foram libertados pelos soviéticos no dia 27 de janeiro de 1945, entre os quais, aproximadamente 500 crianças, embora os criminosos houvessem de tudo feito para apagar as marcas hediondas dos seus crimes, incendiando barracões e depósitos, para logo fugirem à justiça...
A façanha bárbara começava quando as vítimas chegavam ao campo e eram iludidas, separadas dos seus familiares com a promessa de um novo encontro, já que seriam encaminhadas para outros lares, voltando a ver-se minutos antes do banho, quando eram obrigados a despir-se, a cortar todos os cabelos por hábeis companheiros infelizes que os precederam, humilhando-os e encaminhando-os para as câmaras de gás como se fossem ser higienizados...
A princípio, eram fotografados, fazia-se uma ficha, mas com a imensa quantidade que diariamente chegava ao campo de extermínio, passaram a ser numerados, perdendo a identidade, tatuados, para sempre coisificados e detestados...
As aberrantes experiências ditas científicas dirigidas pelo Dr. Mengele, com anões e gêmeos, atingindo o máximo da rudeza, realizando cirurgias sem qualquer anestesia ou assepsia, ou ainda infectando-os com doenças contagiosas, a fim de verificarem os resultados e as possibilidades de encontrarem terapêuticas, usando-os como cobaias humanas, extraindo-lhes a pele e arrebentando-lhes os ossos, prosseguem chocantes quando todos delas tomam conhecimento...
O envenenamento era produzido pelo ZyKlon B e grãos de terra de silício, por ser muito barato e anteriormente usado para exterminar ratos, era derramado em gás por vinte minutos, assassinando 1.500 vítimas, após o que eram abertos os tubos para a entrada de ar e a saída do tóxico, sendo amontoados os cadáveres e atirados aos fornos pelos sobreviventes, que seriam os próximos para a matança desenfreada.
A farsa, muito bem urdida, exterminava os que sobreviviam dos campos de trabalho forçado, pelo excesso de labor de oito horas com péssima alimentação e promiscuidade de todo gênero, como se fossem animálias de carga desprezíveis.
Dos lares ou dos guetos de onde eram arrancadas as famílias e atiradas em vagões de trens, sem vaso sanitário, totalmente fechados, em jornadas que chegavam a duas semanas, caracterizava a técnica da crueldade, porque um número expressivo já desencarnava por asfixia, por enfermidades contraídas durante o percurso, ou porque, já enfermos, não suportavam as condições desumanas a que eram submetidos.
No começo, o ódio em Auschwitz era contra os poloneses intelectuais e honoráveis, que repudiavam a invasão do seu país ocorrida em 1º de setembro de 1939 pelos alemães e no dia 27 do mesmo mês pelos russos, dividindo sua pátria entre as duas potências perversas e insanas.
Ao aderir aos aliados, a Rússia perdeu a Polônia para os alemães que, então, a transformaram no centro de sofrimentos e programações criminosas.
A cultura do ódio levou Hitler a dizer à sua Juventude nazista, que os jovens deveriam ser impiedosos, exterminando todos os judeus e poloneses, juventude que faria o mundo tremer pela sua crueldade, hipnotizando-o de maneira jamais vista na História...
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...e Jesus que havia dito que todos nos amássemos, oferecendo-se em holocausto espontâneo para demonstrar a grandeza do Seu sentimento por todos nós, continuou velando pela sociedade enlouquecida, que vem retornando através da bênção da reencarnação ao mesmo proscênio dos seus horrorosos crimes, portadores de terríveis alienações mentais, deformações orgânicas, cegueira e paralisia, mudez e idiotia, obsidiados terrivelmente por algumas das suas vítimas extremosas, nos mesmos sítios onde cometeram as arbitrariedades...
O número espantoso dos criminosos que escaparam da justiça humana, de aproximadamente 7.000 que participaram dos horrores nesses campos, deles foram alcançados apenas 800, não conseguiram fugir à consciência nem às determinações dos Soberanos Códigos, ora expiando e sofrendo as conseqüências dos horrores impostos ao seu próximo.
Infelizmente ainda existem aqueles que negam as atrocidades que foram cometidas em centenares desses centros de horror, guetos ou campos de concentração, aferrados às suas paixões e ódios entre oriente e ocidente, que vem consumindo as nações desde os já longínquos dias das Cruzadas.
Raia, lentamente, a hora nova de uma diferente sociedade, na qual o amor do Cristo estará acima dessas hórridas conquistas de breve duração, que são consumidas pelo tempo e os seus sicários vencidos pela morte, ensejando a construção da sociedade melhor por intermédio das criaturas mansas e pacíficas, que se resolverão por seguir o Divino Pastor.
 
Vianna de Carvalho.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na noite de 31 de maio de 2011 em Auschwitz, Polônia, após a visita ao seu campo de extermínio e a conferência proferida no Palácio da Cultura para estudantes da Universidade da Terceira Idade.
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terça-feira, 29 de novembro de 2011

FRATERNIDADE

"Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros".- Jesus. (João, 13:35.)

      Desde a vitória de Constantino, que descerrou ao mundo cristão as portas da hegemonia política, temos ensaiado diversas experiências para demonstrar na Terra a nossa condição de discípulos de Jesus.
      Organizamos concílios célebres, formulando atrevidas conclusões acerca da natureza de Deus e da Alma, do       Universo e da Vida.
      Incentivamos guerras arrasadoras que implantaram a miséria e o terror naqueles que não podiam crer pelo diapasão da nossa fé.
      Disputamos o sepulcro do Divino Mestre, brandindo a espada mortífera e ateando o fogo devorador.
      Criamos comendas e cargos religiosos, distribuindo o veneno e anejando o punhal.
      Acendemos fogueiras e erigimos cadafalsos, inventamos suplícios e construímos prisões para quantos discordassem dos nossos pontos de vista.
      Estimulamos insurreições que operaram o embate de irmãos contra irmãos, em nome do Senhor que testemunhou na cruz o devotamento à Humanidade inteira.
      Edificamos palácios e basílicas, famosos pela suntuosidade e beleza, pretendendo reverenciar-lhe a memória, esquecidos de que ele, em verdade, não possuía uma pedra onde repousar a cabeça.
      E, ainda hoje, alimentamos a separação e a discórdia, erguendo trincheiras de incompreensão e animosidade, uns contra os outros, nos variados setores da interpretação.
      Entretanto, a palavra do Cristo é insofismável.
      Não nos faremos titulares da Boa Nova simplesmente através das atitudes exteriores.
      Precisamos, sim, da cultura que aprimora a inteligência, da justiça que sustenta a ordem, do progresso material que enriquece o trabalho e de assembléias que favoreçam o estudo; no entanto, toda a movimentação humana, sem a luz do amor, pode perder-se nas sombras.
      Seremos admitidos ao aprendizado do Evangelho, cultivando o Reino de Deus que começa na vida íntima.
      Estendamos, assim, a fraternidade pura e simples, amparando-nos mutuamente... Fraternidade que trabalha e ajuda, compreende e perdoa, entre a humildade e o serviço que asseguram a vitória do bem. Atendamo-la, onde estivermos, recordando a palavra do Senhor que afirmou com clareza e segurança: - "Nisto todos conhecerão que
sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros."

Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Centenário de Inauguração da Sede Histórica da FEB

Nos dias 10 e 11 de dezembro ocorre na Sede Seccional do Rio de Janeiro, das 9h às 13h, a comemoração pelo Centenário de Inauguração da Sede Histórica da Federação Espírita Brasileira, ocorrida em 11 de dezembro de 1911.A programação contará com exposição de material alusivo ao evento e palestras com Affonso Borges Gallego Soares, Antonio Cesar Perri de Carvalho, Geraldo Campetti Sobrinho e Nestor João Masotti. 
Devido ao espaço limitado, o ingresso no evento só será possível com a apresentação de convites que estarão à disposição do público, a partir do dia 7 de novembro. Confira os locais para retirada.
 
• Sede Seccional da FEB, Av.Passos, 30 – Centro – Rio de Janeiro (RJ), tel.: (21) 3079- 4747;
• Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro (CEERJ), Rua dos Inválidos, 182 – Centro – Rio de Janeiro (RJ), tel.: (21) 2224-1244;
• Instituto Bezerra de Menezes, Rua Cel. Gomes Machado, 140 – Niterói (RJ), tel.: (21) 2620-3663.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Curso de Capacitação 2011 e Mediunidade, Caminho para a Redenção


Curso de Capacitação 2011

Serão realizados entre os dias 26 e 27 de novembro os Cursos de Capacitação 2011, sendo eles:

*A prática pedagógica na Evangelização

*O jovem trabalhador no Sapse

*Organização de Eventos na casa espírita

*Mediunidade e Obsessão

Juntamente com os cursos haverá no dia 26- Reunião de Dirigentes e Coordenadores de Feemts Regionais e no dia 27- Reunião do CFE Conselho Federativo Estadual.

Taxa de Contribuição: $ 10,00 -  Haverá almoço na Feemt, a $ 5,00

Mais informações: 3644-2727

Mediunidade, Caminho para a Redenção

              A Federação Estadual Espírita de Mato Grosso realiza o seminário “Mediunidade, Caminho para a Redenção”, nos dias 10 e 11 de dezembro de 2011, no Centro de Eventos do Pantanal. O evento será realizado em comemoração aos 150 anos de O Livro dos Médiuns e aos 55 anos da Feemt.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Desespero

Provocações e problemas, habitualmente, são testes de resistência, necessários a evolução e aprimoramento da própria vida.

A paciência é a escora íntima que auxilia a criatura a atravessá-los com o proveito devido.
O desespero, entretanto, é a sobretaxa de sofrimento que a pessoa impõe a si mesma, complicando todos os processos de apoio que a conduziriam a tranquilidade e ao refazimento.
O desespero é comparável a certo tipo de alucinação, estabelecendo as maiores dificuldades para aqueles que o hospedam na própria alma.
Disse Jesus: "Bem-aventurados os aflitos porque serão consolados", mas urge reconhecer que os aflitos inconformados, sempre acomodados com o desespero, acima de tudo, são enfermos que se candidatam a socorro e medicação.

Mensagem extraida do livro HOJE,
Francisco Candido Xavier
pelo Espírito Emmanuel.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Andrew Jackson Davis




Famoso médium norte-americano precursor do Espiritismo.

Nasceu nos Estados Unidos da América do Norte, no dia 11 de Agosto de 1826, e desencarnou no dia 13 de Janeiro de 1910.

Nunca foi místico, sendo considerado um homem equilibrado, detentor de um carácter sério, honesto e caridoso, tendo por isso, atraído elevado número de pessoas para ouvir os seus ensinamentos.

Oriundo de família humilde e inculta, nasceu e conviveu num meio desprovido de recursos intelectuais, num distrito rural do Estado de Nova York, às margens do rio Hudson.

No princípio da adolescência, começou a ouvir vozes estranhas, mas gentis e agradáveis que lhe davam conselhos e, simultaneamente, a revelar faculdade mediúnica de clarividência e a diagnosticar doenças. Afirmava ele que, em estado de transe, conseguia observar dentro do corpo humano; como cada órgão tem a sua luminosidade própria, ao ver um deles escuro, localizava o problema.

Davis aprendeu a conhecer e a desenvolver as suas faculdades, através do mesmerismo, então em voga: o médico alemão Franz Anton Mesmer inventou as chamadas técnicas de "magnetização animal" ou “fluído vital”com o objetivo de encontrar cura para determinadas doenças. Entrando em transe sonambúlico, Davis manifestava extraordinárias capacidades que não possuía no seu estado normal, detentor que era de pouca instrução.

No dia 6 de Março de 1844, sentiu-se repentinamente sujeito a um fenômeno físico de transporte, sendo conduzido por uma estranha força, a uma distância de 60 Km de Poughkeepsie, local onde residia, até às montanhas de Catskill, onde conversou com dois espíritos, que ele identificou (Galeno e Swedenborg), que se apresentaram como sendo os seus mentores.

Mais tarde, desenvolveu a mediunidade da xenoglassia, passando a falar várias línguas, incluindo o hebraico. Semi-analfabeto, "fraco de corpo e mentalmente pobre", como afirma Sir Arthur Conan Doyle, discutia temas altamente eruditos com membros conceituados, incluindo da Universidade de Nova York, desde a Mitologia à Arqueologia histórica e bíblica, e aos mais diversos temas sociais e linguísticos, com tal precisão e rigor que “fariam honra a qualquer erudito daquela cidade”.

O médium escreveu em transe mediúnico o livro: “Os Princípios da Natureza”, editado em 1847, tendo este sido considerado por Sir Arthur Conan Doyle, como “um dos mais profundos e originais livros sobre Filosofia”.

Foram parcialmente editadas outras inúmeras obras sob o título “Filosofia Harmôncia”, recebidas mediunicamente e atribuídas ao célebre médium e sábio sueco, Swedenborg.

Aos 21 anos, Davis já não precisava de sujeitar-se ao magnetismo hipnótico, para entrar em transe e ficaram conhecidas as pormenorizadas descrições de desencarnações, que posteriormente eram confirmadas por outros médiuns em várias partes do mundo.

Fez inúmeras previsões (o aparecimento do automóvel, máquinas de escrever, veículos aéreos…), recheadas de assombrosos pormenores, incluídas na sua obra: “Penetrália” e em 1847, declarou que iriam dar-se, em breve, manifestações de espíritos um pouco por toda a parte.

De fato, em 31de Março de 1848, as três irmãs Fox iniciam os seus contactos com o mundo espiritual, através de pancadas, na cidade de Hydsville, nos Estados Unidos, dando início ao advento do Espiritismo. Foi o fenômeno das mesas girantes ou falantes que atraiu a atenção de Allan Kardec e outros eminentes investigadores.

Exatamente no mesmo dia (31 de março de 1848) Davis registou no seu caderno de notas o seguinte:

“Esta madrugada, um sopro quente passou pela minha face e ouvi uma voz, suave e forte, que me disse: ‘Irmão, um bom trabalho foi começado - olha! Surgiu uma demonstração viva’. Fiquei pensando o que queria dizer aquela mensagem.”

Com essa previsão, Andrew Jackson Davis ficou a ser conhecido como o”Profeta da Nova Revelação”.

Recebeu ainda uma obra de alto teor intelectual e moral: “Revelações Divinas da Natureza”, tendo descrito a vida no Mundo Espiritual como sendo semelhante à da Terra, uma vida semi-material em que o trabalho científico, literário, artístico e humanitário continua e em que os seres se agrupam consoante as suas tendências e gostos pessoais que se prolongam após a desencarnação.

Observou as várias etapas do progresso do espírito e apontou as imensas causas responsáveis pelo retardamento da marcha evolutiva do ser humano.

Numa das suas visitas em espírito a um desses planos, viu grupos de crianças que, se encontravam reunidas em belos edifícios, rodeadas de atenções e carinho, recebendo instruções, em conformidade com o seu entendimento.

Maravilhado com este sistema, tentou reproduzir a sua organização na terra e daí surgiu o 1º Liceu Espiritista que fundou em 1863, em Dodsworth Hall, Broadway, Nova York. Outras cidades americanas aderiram à ideia, e em vários países, nomeadamente, Inglaterra e Austrália, surgiram liceus ligados ao movimento.

Andrew Jackson Davis superou o próprio Swedenborg, no que respeita ao descerrar do véu concernente ao mundo dos espíritos e se, como todos os missionários, cujo olhar difere do comum dos mortais, visionando e antecipando o futuro da humanidade, teve opositores e sofreu humilhações, tudo suportou com humildade e devotamento à causa da espiritualidade e ao auxílio do próximo, prescrevendo tratamentos com ervas para a cura das doenças que diagnosticava.

Fonte: História do Espiritismo, Arthur Conan Doyle