Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver caridade, sou como o metal que soa, ou como o sino que tine.
E
se eu tiver o dom de profecia, e conhecer todos os mistérios, e quanto
se pode saber; e se tiver toda a fé, até a ponto de transportar
montanhas, e não tiver caridade, não sou nada.
E se eu distribuir
todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo
para ser queimado, se todavia não tiver caridade, nada disto me
aproveita.
A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é
invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece,
não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita,
não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.
Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.
A caridade nunca jamais há de acabar, ou deixem de ter lugar às profecias, ou cessem as línguas, ou seja abolida a ciência.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes; porém a maior delas é a caridade.
(Paulo, I Coríntios, XIII: 1-7 e 13).
São
Paulo compreendeu tão profundamente esta verdade, que diz: “Se eu falar
as línguas dos anjos; se tiver o dom de profecia, e penetrar todos os
mistérios; se tiver toda a fé possível, a ponto de transportar
montanhas, mas não tiver caridade, nada sou. Entre essas três virtudes: a
fé, a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade”. Coloca,
assim, sem equívoco, a caridade acima da própria fé. Porque a caridade
está ao alcance de todos, do ignorante e do sábio, do rico e do pobre; e
porque independe de toda a crença particular.
E faz mais: define a
verdadeira caridade; mostra-a, não somente na beneficência, mas no
conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência
para com o próximo.
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