Cuiabá/MT,
em 19 de agosto de 2013.
Caros irmãos
de ideal,
Não vivemos
tempos de paz. Não estamos ainda num mundo regenerado. A antevês da crise aguda
que assolará o vosso orbe gera em vossos corações a apreensão de quem sabe que
o que está por vir não é bom. As crises expurgatórias são assim. Dor,
sofrimento, violência, hipocrisia, egoísmo, orgulho são palavras que podem
definir tais momentos.
Em todos os
setores da sociedade a crise se faz presente. Vemos a ordem mundial abalada com
sucessivos escândalos diplomáticos, religiosos, econômicos, militares,
culturais, políticos. Países antes tidos como seguros se mostram destroçados e
em franca guerra civil. Poucos se entendem na ordem mundial. A Globalização,
que traria a ordem e a uniformidade, ressaltou as diferenças e acirrou as
rivalidades. Nada mais é tão simples e polarizado como antes.
Internamente,
as sociedades nacionais se esfacelam ante as diversas demandas de infinitos
atores sociais. Pobreza, educação, segurança, saúde, comércio, indústria,
serviços, meio ambiente, consumidores, idosos, crianças e adolescentes,
empregados e desempregados, ocupados e desocupados, todos têm a sua
reivindicação.
Nas famílias
nada mais é tão simples como antigamente. Novos núcleos familiares se formam,
levantando a poeira do preconceito, que estava apenas escondida embaixo dos
tapetes burgueses. Violência doméstica escancarada, sem solução próxima e
fácil. Menoridade penal em discussão, para afastar a culpa pela
irresponsabilidade de pais, professores, governantes e da sociedade como um
todo.
Crise, crise e
mais crise para onde se olhe...
No âmbito
religioso ninguém se entende. Os religiosos de má-fé, religiosos de fachada,
denigrem e mancham seus credos. Os religiosos de boa-fé, religiosos fiéis aos
postulados morais de seus credos, parecem travar uma luta sem fim contra um mal
que não se sabe de onde vem nem para onde vai. Dor é a tônica dos trabalhos de
caridade e amor.
Neste ponto, e
de forma específica, o Espiritismo, como Consolador prometido pelo Cristo e
esperança de redenção da Humanidade, não tem sido poupado das investidas das
Trevas. Por óbvio, aqueles que se alistam em suas fileiras e decidem trabalhar
em suas frentes têm sofrido superlativamente. Não é para menos. Diante do
expurgo planetário que está ocorrendo neste exato momento, com o transporte de
espíritos renitentes na prática do mal para orbes inferiores, de modo a
viabilizar a construção de um mundo de regeneração, os trabalhadores dispostos
e alistados nas frentes de trabalhos da Desobsessão e da Evangelização do Ser,
responsáveis em parte pela realocação destes irmãos infelizes neste novo mundo
primitivo que os receberá, são os alvos preferidos das hostes trevosas.
Não há trégua.
O Mal, diante do avanço do Bem, recrudesce e dá a sua última cartada. O alvo é
a Doutrina Espírita e aqueles que deveriam exemplificá-la. Se o verdadeiro
espírita é reconhecido pela sua transformação moral e/ou pelo seu esforço em
realizar tal transformação, para desacreditar os espíritas e a Doutrina basta
mostrar aos quatro cantos a hipocrisia de alguns, a sua queda reiterada nos
vícios e defeitos, evidenciando assim a fraqueza dos seus líderes. Dessa forma,
aqueles que ainda ignoram o Bem vêm oportunidades inúmeras de alcançar o
“calcanhar de Aquiles” de cada um de nós. Orgulho, egoísmo, vaidade, álcool,
fumo, drogas, sexo etc. A lista é imensa.
Para aqueles
que não se deixam vencer, os esforços da maldade se direcionam para o único
ponto que pode lhes colocar de joelhos: as crianças. Neste caso, filhos de
trabalhadores da causa Espírita são usados para desviar seus pais do caminho do
Bem e de seus compromissos espirituais. A mediunidade infantil é usada para
desequilibrar lares e colocar em polvorosa pais e mães aflitos pelos seus
pequeninos. Não é para menos. No entanto, a deslealdade do Mal era mais do que
esperada. Transtornos psíquicos, problemas escolares, relacionamentos difíceis,
separações, doenças físicas, distúrbios do sono etc. Tudo é usado para atingir
os pequeninos, desestruturando famílias e, consequentemente, desequilibrando os
trabalhadores da última hora.
O que fazer,
então, diante deste quadro, onde inevitavelmente alguns cairão em tentação? O
que fazer para lutar contra um inimigo que não se vê?
Apesar de
desolador, este estado de coisas é perfeitamente natural no momento em que
vivemos. A separação do joio e do trigo não é feita sem dor, sem que haja
baixas em cada feixe do bom alimento. É inevitável.
Mas, então, o que
devemos fazer?
Em que pesem
as considerações acima, nota-se que a única batalha realmente a ser travada, o
único campo onde a guerra pode ser perdida ou ganha, encontra-se dentro de nós
mesmos. É no íntimo de cada um que esta batalha entre o Bem e o Mal deve ser e
é travada. Se nossas imperfeições são usadas para nos fazer cair, então é na
luta constante contra nós mesmos que esta batalha entre o Bem e o Mal deve ser levada
a efeito.
Companheiros,
não estamos em tempos de paz. E como outrora já foi feito para superar uma
crise de escala mundial, eu vos convoco para novamente nos unirmos em torno do
Cristo e da bandeira do Evangelho. “De mãos dadas, companheiros”, unamos os
nossos corações e mentes, lutando contra as forças do mal que tentam dominar
nosso mundo íntimo, para que possamos, juntos, angariar forças e vencer mais esta
batalha!
Um
companheiro de luta, membro da FDJ.
Em complemento a esta mensagem,
segue orientação recebida em reunião mediúnica realizado no Centro Espírita Luz
do Evangelho, em Cuiabá/MT, em 17 de agosto de 2013: retomar a vibração
com as três estrofes da Prece das Fraternidades, nos horários das 18, 20 e 22
horas.
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