Como
é bom e animador perceber o momento especial pelo qual estamos
passando. Recebemos hoje um “e-mail” contendo uma entrevista com um
atuante religioso da Igreja Católica na cidade do Rio de Janeiro, que
mesmo não sendo padre nem possuidor de algum título eclesiástico vem
atraindo imenso número de pessoas para a mensagem cristã.
Trata-se
de Pedro Siqueira, um jovem advogado, cuja mediunidade de que é
possuidor vem sendo empregada para consolar corações em aflição e
estimular seus confrades à busca da essência dos ensinamentos contidos
no Evangelho, sobretudo orientando as pessoas ao fortalecimento da fé.
Aliás, à luz da máxima kardequiana de “fé inabalável só o é aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas humanidade”,
buscamos na internet pelo nome do referido médium carioca e nos
deparamos com inúmeras reportagens em diversos veículos de comunicação
de todo o país, nos dando a impressão de estarmos um tanto
desatualizados, principalmente quanto a esta boa notícia.
O
que nos chamou mais a atenção foi o modo simples e sem mistérios com
que Pedro Siqueira aborda o fenômeno mediúnico, sobretudo a
comunicabilidade com os Espíritos, asseverando que “No
episódio da Transfiguração, Jesus se comunica com Moisés, e os
apóstolos também o veem. Não existe nenhum dogma que proíba isso. O
Padre Pio, que foi santificado pelo Papa João Paulo II, conversava com
almas do Purgatório, por exemplo. Sou muito devoto dele” (www.oconsolador.com.br/ano5/223/especial2.html).
Realmente,
a mediunidade nunca foi um instituto doutrinário de propriedade do
Espiritismo. Com efeito, a história traz um número infinito de fatos
marcantes nos quais o intercâmbio entre o mundo físico e o espiritual se
fizeram incontestes, inclusive muitos séculos antes de vir a lume a
codificação espírita, como no fenômeno dos Dez Mandamentos recebidos por
Moisés e grafados na pedra, dentre tantos outros.
Portanto,
tanto hodiernamente, quanto ao longo dos tempos, a mediunidade sempre
foi um evento natural. No entanto, considerando que todos somos médiuns,
em grau mais ou menos avançado, temos sido convidados a praticar a
mediunidade com Jesus, desinteressadamente e na constante busca do
aprendizado e da promoção do bem.
O
modo respeitoso como o médium católico se refere àquilo que chama de
“dom” e às demais religiões, está a corroborar que já vivemos dias de
maior aproximação entre todos nós que somos filhos de Deus,
independentemente da crença que cada um professe, de tal modo que os
espíritas já não sofrem tanto preconceito e são convidados a participar
de muitos cultos ecumênicos, sob a flâmula da fraternidade, da liberdade
e da igualdade.
Jesus não exprimiu uma letra ou vírgula por acaso. O Mestre Iluminador foi quem salientou que: “Meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem”.
Não
há mais tempo a ser desperdiçado rumo a nossa evolução moral e
intelectual, assim como na prática de tantos ensinamentos evangélicos
que temos recebido e que “consciencialmente” devem passar da mente para o
coração, sendo sentido profundamente, passando por exercícios de autoquestionamento íntimo.
Após
a compreensão e a internalização desse libertador e edificante
conteúdo, todos nos tornamos capazes de exterioriza-lo por meio da
conduta cotidiana, aceitando o próximo como se apresenta, sem condições
ou imposições, e procurando nos entregar mais nas relações
interpessoais, dando aquilo que gostaríamos de receber, o que constitui a
expressão máxima da caridade.
Nestor Fernandes Fidelis
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