terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Gestão de Centros Espíritas


As inscrições para novas turmas nos cursos: Centro Espírita – Visão Geral e Movimento Espírita – Estrutura e Funcionamento serão abertas na segunda quinzena de fevereiro/2012, no site da Federação Espírita Brasileira.
Mais informações no site da FEB: www.febnet.gov.br

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Fantasmas foi tema do programa Transição na TV

O pesquisador Samuel Nunes Magalhães foi o entrevistado do Transição na TV, da Rede TV, transmitido ontem, dia 29 de janeiro. Em abordagem do tema "Fantasmas", contou com apresentação de Antônio Coelho Filho. Caso você não tenha visto o programa, veja e divulgue-o no sitewww.programatransicao.tv.br

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A Tragédia da Depressão


Alírio de Cerqueira Filho
 
Vivemos na atualidade momentos de grande materialismo e inversão de valores e, por isso, doenças espirituais profundas têm se disseminado de forma jamais vista, como é o caso da depressão, que já é considerada o grande mal do século XXI, assumindo proporções epidêmicas nestes momentos conturbados que a Humanidade tem passado. 
A depressão é uma doença espiritual profunda e, enquanto o Ser Humano estiver nesse caminho no qual o que importa são os prazeres imediatos em detrimento das questões mediatas do Espírito imortal, estará às voltas com esse mal, cuja superação está em uma sintonia com os valores essenciais da Vida.

Tudo no Universo nos convida ao amor, ao bem, ao bom, ao belo, à alegria, à felicidade. Basta observar a natureza em torno de nós. O Sol que nasce e se põe diariamente em miríades de cores deslumbrantes, os pássaros com seus cantos maviosos, as flores embelezando o caminho, toda a natureza em festa, expressando o infinito amor de Deus por todas as Suas criaturas. 

E o depressivo o que faz: vira as costas a tudo isso para dar vazão a um processo de rebeldia frente à Vida porque não vive apenas situações agradáveis da forma como gostaria, como se num planeta de expiações e provas como o nosso pudéssemos viver apenas situações agradáveis, que ainda não fizemos por merecer.

A pessoa com tendência depressiva torna-se, então, uma revoltada. Revolta-se contra todas as circunstâncias que a desagradam. Ela quer que o Universo seja de conformidade com o que ela acredita ser perfeito. 

E tudo o que não está em conformidade com aquilo que ela espera, gera muita revolta, que irá despender uma grande quantidade de energia vital, que é jogada fora pela própria atitude da pessoa depressiva, num esforço vão de querer que a sua vontade seja feita, e não a de Deus, como nos ensinou Jesus. Ela não consegue ver a vida como uma dádiva, que tem os seus percalços, mas que nos convida ao bem e ao amor continuamente.
Essas ações colocam os depressivos na antítese da vida. Eles se deprimem porque não se integram na vida. Estão à parte da vida. Excluem-se da dinâmica da vida, porque a vida não é como eles querem que seja.

Por isso, é imprescindível que a pessoa em depressão bem como aqueles que têm uma tendência a desenvolvê-la e ainda não manifestaram a doença, um esforço em direção à essência da vida, realizando ações para se espiritualizarem e se religarem verdadeiramente a Deus, de modo a aceitar as conjunturas em que vivem, mudando aquilo que são convidadas a mudar, que são os seus próprios sentimentos egoicos num processo de autotransformação.
No dia 4 de fevereiro de 2012 o grande orador espírita Divaldo Franco estará proferindo o seminário Vitória sobre a depressão no hotel Hits Pantanal, localizado ao lado do aeroporto, na grande Cuiabá. Maiores informações pelo telefone 65 3644-2727

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Tempo, mente e ação


No princípio...A Terra era vazia e havia trevas sobre a face do abismo. (Gênesis, 1:1-2)...e Deus iniciou a Sua Obra, a que conhecemos...
 
Por mais que a inteligência humana recue na busca desse princípio, o primeiro momento desaparece no tempo e no espaço, sem que qualquer concepção possa apresentar um limite, perdendo-se, no infinito, que dimensiona a humana ignorância a respeito da Causalidade Absoluta.
 
Desde que, no princípio, torna-se o ponto de partida para o tempo, que haveria antes, se é que havia? Da mesma forma, assomam, à mente, as propostas evangélicas, quando se referem ao até o fim dos tempos (I Pedro: 1-20), ensejando margem anovas inquirições a respeito do que ocorrerá depois, se ocorrer...
 
Mesmo que se aprofunde ao máximo a inteligência, através do conhecimento, na decifração da incógnita do tempo, mais complexos se tornam os fenômenos que através dele se manifestam e podem ser observados.
 
Desta forma, a única dimensão descomprometida para elucidá-la é a tácita aceitação da Eternidade, abrangendo o ilimitado e o relativo, o antes não existido e o depois que não existirá.
 
O tempo, no entanto, somente se torna realidade por causa da mente, que se apresenta como o sujeito, o observador, o Eu que se detém a considerar o objeto, o observado, o fenômeno.
 
Esse tempo indimensional é o real, o verdadeiro, existente em todas as épocas, mesmo antes do princípio e depois do fim.
 
Aquele que determina as ocorrências, que mede, estabelecendo metas e dimensões, é o relativo, o ilusório, que define bases e períodos denominados ontem, hoje e amanhã, através dos quais a vida se expressa nos círculos terrenos e na visão lógica – humana – do Universo.
 
A mente relaciona manifestações que decorrem, no Sistema Solar, dos movimentos de translação e de rotação da Terra, limitando os espaços que passam pelo crivo das convenções estabelecidas e tornadas realidades, sempre porém, aparentes, porque em caráter relativo e não em acontecimento - fenômeno absoluto.
 
Não obstante, mesmo na estabelecida raia, a variação de conteúdos demonstra que somente o real existe, sendo o conceptual uma criação-limite necessária para a mente de cada indivíduo.
 
Esse organograma de fases torna-se uma necessidade para o processo samsárico, a infinita roda das reencarnações. Face ao impositivo da consciência que estabelece as marcas temporais, o conceito do hoje assume a condição do que se pensa, do que se faz e do que se aspira.
 
É resultado inevitável do já realizado – passado – promovendo a construção do que se realizará – futuro.
 
Se, por exemplo, alguém, num grupo, observar qualquer ocorrência, esta passa a ter existência conforme o grau de emoção do envolvido, o seu discernimento intelectual, a sua capacidade de identificação com o fato, a sua óptica existencial. Cada um, portanto, daqueles que assistiram o acontecimento, experiencia uma vivência que difere, às vezes, diametralmente do que o outro captou.
 
Esse fenômeno é observável nos testemunhos apresentados por pessoas que estiveram presentes e acompanharam o desfecho de algum crime ou irregularidade. Mesmo quando honestas, os seus enfoques provocam perturbação nos jurados, que ficam impossibilitados de discernir o real do imaginário, exigindo a habilidade dos advogados, quer da defesa, quer de acusação – a promotoria especialmente – para que seja estabelecida a verdade, sempre relativa e raramente legítima em torno do acontecido.
 
Aquele agora do fato, logo depois se arquivou na memória do passado, que será ressumado no futuro, quando um novo presente se imponha como condição de justiça para a regularização penal necessária.
 
A mente, portanto, que pensa, estabelece que o ato em que se fixa é o presente, no entanto, na celeridade do tempo em si mesmo – sem movimento, sem pressa nem vagar – à medida que elabora ou conceitua cada percepção estabelecida torna-se passado, e enquanto desenvolve a reflexão avança pelo futuro afora.
 
Viajar no permanente agora, integrando-se nas experiências que defluem das ações - pensamentos condensados em atitudes – enriquece o ser humano com a sabedoria, avançando no rumo da perfeição.
 
Terá limite essa conquista? Certamente que não, porquanto, se o houvesse, delinearia a borda de uma espiral cada vez mais ampla em um novo ciclo do processo da evolução.
 
O tempo terrestre, limitado, para facultar o entendimento do campo da sua infinitude, somente poderá ser experienciado através da oração e da meditação. A primeira, auxilia a romper-se o círculo dos pensamentos, nos quais a mente se movimenta, concedendo o êxtase, a anulação do tempo e o desaparecimento do espaço, propiciando outra dimensão emocional. A segunda, faculta a ruptura da barreira que dimensiona e encarcera, em cujo bojo uma experiência sucede à outra, dando curso ao mecanismo das medidas. No mergulho de seu campo de vibrações, fora do tempo terrestre, o Espírito – não mais o eu superficial – volve ao seu mundo de origem e participa da vida em sua plenitude, sem a prisão das sensações, nem os tormentos da emoção linear.
 
Essa penetração profunda nas esferas do tempo real é consequência da conquista vertical da experiência que se transformará em ação, ao invés da horizontal dos atos que se sucedem indefinidamente...
 
Esse tempo real é o oceano infinito onde o Universo, em fases e períodos, repete as suas manifestações cósmicas. Ciclicamente, os fenômenos ressurgem e se imortalizam no triunfo do Espírito que foi criado simples e ignorante, mediante o esforço e o trabalho edificante, iluminando-se com a sabedoria.
 
Eis definida a necessidade da reencarnação, através de cuja roda de samsara, o ser emerge das formas pesadas e ala-se em dúlcidas vibrações de luz no rumo do Infinito. Enquanto persevera nas amarras do passado, que se transformam em cadeias de sofrimentos e de angústias no presente, necessita de deslindar-se caminhando para o futuro. Todos esses tempos, porém, encontram-se num só período de tempo denominado hoje, que lhe constitui a oportunidade incomparável de sair das repetições dos comportamentos afligentes.
 
Fadado à plenitude, o Espírito alça-se ao infinito, etapa a etapa, mediante as conquistas de amor e de sacrifício que o dominarão ao largo das vivências de sublimação.
 
Esse empenho libertador auxilia-o na busca doNirvana, do Reino dos Céus, da Espiritualidade Superior,onde o tempo e o espaço se encontram no infinito da realidade por enquanto desconhecida. Somente através desse processo é que se desenvolverá o Cristo Interno, aDivina Chispa, Semente Sublime, Deus interior, que predomina em germe no cerne de todos os seres humanos.
 
A mente, inquieta e insegura, gerando conflitos por tendência tormentosa, herança atávica dos períodos de transição pelos quais passou, engendra astutos- instintivos - mecanismos de fuga da realidade - do tempo legítimo - para a fantasia, a ilusão, o medo, a incerteza que atira na sucessão da dimensão limitada, estabelecendo sofrimentos nos quais se compraz...
 
Este relativo fenômeno do tempo hoje constitui a ensancha para a aprendizagem da ação profunda mediante a vivência em que se transforma a imagem do pensamento.
No começo, passo a passo, avança pelo tempo relativo, o ontem fundindo-se no hoje e este fazendo-se o amanhã que está chegando.
 
Mediante a legítima reflexão, além da mente que raciocina horizontalmente a+b=ab, saltando-se para a conexão tempo – espaço infinito, viver-se-á um hoje contínuo, que não se transfere para o futuro, nem recua para o passado nele embutido, trabalhando em favor do estado de paz permanente.
 
Mui comumente se afirma que o tempo no prazer, na alegria, na felicidade é sempre rápido, enquanto que durante a expectativa de algo, no sofrimento, no testemunho, na angústia é sempre muito demorado, não obstante seja a mesma a carga de segundos em que transcorrem ambos os estados emocionais.
 
Certamente, a dimensão horária funcionará no ser biológico, assim como no psicológico, na mente condicionada, desgastando o corpo que se consumirá, pela inevitável transformação molecular na sepultura ou na incineração, liberando, porém, o Espírito, para que prossiga a experiência de eternidade em que se iniciou, desde o seu nascimento, mas que nunca se extinguirá...
 
Carlos Torres Pastorino
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, em sessão da noite de 19 de março de 2003, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em16 .01.2012.
 
  

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A mensagem de Bezerra


Vivemos uma hora grave na economia moral e social do planeta terrestre. A hora da grande luta soa na ampulheta dos tempos. A separação das ovelhas dá-se espontaneamente através da lei das afinidades. Honrados com o conhecimento libertador da Doutrina Espírita, descobrimos que este é o nosso momento de autoiluminação. É a hora do despertamento para as nossas atividades libertadoras. Chega o instante da grande decisão: luz ou trevas; ação no bem ou acumpliciamento com o erro.
Não há outra alternativa. No passado, embora conhecendo Jesus através da estreiteza dogmática e da intolerância teológica, optamos por transformar a Sua mensagem em um partido de dominação político-religiosa que vem escravizando as consciências longe do amor. Hoje não. Banhados pelo sol da razão, descobrimos os deveres que nos compete atender e despertamos para a realidade do ser imortal que somos.
Sigamos a trilha sem olhar para trás. Reflexionemos profundamente nas lições da Doutrina, conforme exaradas na Codificação, e, vivendo a inteireza do postulado do amor, deixemos que a caridade esteja luzindo em nossa vida.
Meus filhos, Jesus quer que apressemos a nossa marcha e segue à frente hoje, como ontem, conclamando-nos ao ministério da construção do mundo novo. Não nos detenhamos nas discussões infrutíferas. Não relacionemos desafios e dificuldades. Não coletemos mágoas ou desaires. Estuemos de júbilo pela oportunidade rara de servir e de nos libertarmos do erro que nos vem escravizando há milênios.
O Senhor espera que cada um de nós, Espírito encarnado ou desencarnado, que abraça a Doutrina Espírita, cumpra com o seu dever com fidelidade aos objetivos desenhados na Doutrina, exaltados no amor. Dever que está aguardando por nós e impondo-nos a necessidade de permanecermos até o fim, apesar das vicissitudes e das dificuldades.
A mediunidade é a ponte de luz atirada do abismo terrestre na direção do infinito amor. Deixai que por ela transitem os seres imortais, trazendo para o mundo a revelação espírita.
Ide em paz, e que o Senhor vos abençoe. São os votos do servidor, humílimo e paternal de sempre,
Bezerra.
Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, por ocasião do encerramento do 8º Entradesp, na cidade de Maringá - PR, no dia 24/06/2001.
Publicada no Jornal Mundo Espírita de julho de 2001.
Em 16.01.2012.

A Tragédia da Depressão

Seminário aberto a todos trabalhadores espíritas:
Tema: “Sustentabilidade do Movimento Espírita – Divulgação do modo espírita de viver”

Palestrante: Cesar Reis.
Data: 17 de março das 14 às 18 horas.
Local: sede da FEEMT.

Seminário

Seminário aberto a todos os trabalhadores espíritas:
Tema: “Sustentabilidade do Movimento Espírita – Divulgação do modo espírita de viver”

Palestrante: Cesar Reis.
Data: 17 de março das 14 às 18 horas.
Local: sede da FEEMT.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Mãos mirradas*


Enquanto a balada do Evangelho derramava alegrias nas mentes ingênuas e nos corações sofridos das massas, as multidões se acotovelavam e se empurravam para vê-lO, tocá-lO, estarem perto dEle.

Todos aqueles que tinham dificuldades e problemas viam em Jesus o seu libertador, e nEle depositavam sua confiança, sua ansiedade.

Ele passeava o olhar compassivo, e em todos infundia ânimo e esperança, confortando-os com ou sem palavras através da irradiação do Seu psiquismo e da Sua ternura incomparáveis.

Simultaneamente porém, a noite que predominava nos corações dos opressores e governantes impiedosos, dos dominadores de um dia, dos religiosos presunçosos e ricos de inveja, dos cobiçosos, de todos aqueles que somente desfrutavam de primazias e honras, temendo perdê-las, preparava o caldo de cultura do ódio, para infamá-lO, para O pegarem em alguma contradição, cujas armadilhas estabeleciam com cinismo e sofismas bem urdidos. Mas Jesus os conhecia e se fazia inalcançável às suas tricas farisaicas hediondas e venais. Aumentava o número daqueles que se beneficiavam com o Seu socorro e crescia a onda que se propunha afogá-lO nas suas águas torvas e iníquas.

*    *   *

A sinagoga era lugar de orações e recitativos da Lei, de unção, de companheirismo... mas também de encontros para a sordidez e a vingança, para a sedição e a perversidade. Ali se refugiavam o orgulho e a presunção, que a governavam, ditando regras de bom proceder para o povo necessitado.
Entre eles, os que se permitiam todos os privilégios, tornavam-se conhecidos pelas suas mesquinharias e fraquezas, os seus comportamentos vis e perturbadores, que sabiam disfarçar diante daqueles que os ouviam e respeitavam, embora eles não se respeitassem a si mesmos, pois que se isso ocorresse, impor-se-iam outra conduta moral.

Assim sendo, como sempre que Lhe era possível O fazia, Jesus entrou de novo numa sinagoga. Havia ali um homem que tinha a mão paralisada.

*   *   *

A multidão que ora O seguia já não era somente de galileus e de sírios, mas também de judeus, de Jerusalém, de Tiro, de muitas partes, atraída pelo Seu verbo e pela Sua força de libertação. Lá fora, na paisagem irisada de luz, as anêmonas balouçavam nas hastes frágeis e violetas miúdas derramavam perfume nos rios do vento que o conduz por toda parte.

A astúcia dos Seus adversários esperava que Ele se propusesse a curar no sábado, a fim de terem motivo para prendê-lO por desacato à Lei que estabelecia o repouso nesse dia. O Mestre conhecia-lhes a intimidade dos sentimentos ultrizes e a vileza moral em que se debatiam. Por isso mesmo, não os temia, antes compadecia-Se da sua miséria espiritual. Jesus disse ao homem que tinha a mão mirrada: - Levanta-te! Vem para o meio.

Convidar para o centro é dignificar o ser humano, que vive atirado na margem, ignorado, desrespeitado e esquecido. Essa é uma forma de restituir a identidade de criatura que merece respeito e carinho. Ante o espanto natural e a possibilidade de Ele ferir os costumes legais, ouviram-nO interrogar:

- Que é permitido no dia de Sábado, fazer o bem ou fazer o mal? Salvar um ser vivo ou matá-lo?

Mas eles ficaram calados. A pusilanimidade deles não corria risco de perder-se, tomando uma definição. Esses cruéis perseguidores são de sentimentos elevados mortos, quais sonâmbulos com ideias fixas no ódio e na incúria. Ficar calado é assentir sem comprometer-se, tendo chance de assumir outra posição, aquela que seja mais conveniente. Passando à volta de si um olhar de cólera sobre eles, entristecido pelo endurecimento de seus corações, disse ao homem: - Estende a mão. Ele a estendeu e a mão ficou curada.

Nesse episódio a paranormalidade do Mestre é novamente evidente. Ele tem o poder de restaurar os tecidos, influenciando o campo modelador da forma física, trabalhando nas células com a Sua mente extraordinária. A mão mirrada é também símbolo que encontra respaldo nas pessoas que nunca abrem o coração para ajudar, dando-lhe movimento de fraternidade. Ela fica mirrada por falta de ação dignificante e operosa, perdendo a finalidade para a qual foi elaborada pelo Pensamento Divino.

O encontro real com Jesus permite que retome a sua forma, tornando-se igual à outra, àquela que não foi atingida pela circunstância punitiva. Depois de se retirarem – deixando-os boquiabertos e invejosos – os fariseus deliberaram com os herodianos contra Jesus acerca dos meios de matá-lO.

Os pigmeus morais, impossibilitados de crescer espiritualmente para alcançar os missionários do bem e do amor, arquitetam planos para destruí-los, ignorando que não se destroem valores humanos com artimanhas que jamais alcançam a realidade dos seres.

Esses perseguidores são almas mirradas, sem ideais nem nobreza, perdidos no tempo e que naufragaram no egoísmo, debatendo-se nas suas malhas, sem conseguir libertação. Pertencem a todos os tempos e caminham ao lado dos construtores da dignidade humana, a fim de prová-los, de os submeter ao seu cadinho purificador. Transformam-se em testes de resistência para os homens e mulheres que anelam pelo mundo melhor e se doam a essa causa.

São duros de coração, que não se enternece, nem se comove. O órgão vibra e impulsiona o sangue, mas nada tem a ver com a emotividade, com os sentimentos de beleza e de fraternidade. Terminam por tornar-se carcereiros de si mesmos, enjaulando-se nas celas da indiferença que os entorpece e mata.

Jesus os defrontará com mais assiduidade, porém, sem atribuir-lhes qualquer significado ou considerar-lhes a distinção que se permitem, aumentando neles o ódio e a perseguição. Eles passam e a vida os esquece, mas não se olvidam de como agiram, de como são e do quanto necessitam para a reedificação.

Há muitas mãos mirradas na sociedade dos dias atuais. Perderam a função superior e estiolaram as fibras que as constituem no jogo apetitoso dos interesses inferiores. Encontram-se no centro dos grupos, experimentam destaque, mas não são atuantes no bem nem na compaixão para receber os que eles mesmos expulsaram do seu convívio e ficaram na marginalidade.

Agora constituem o grupo dos antigos fariseus e herodianos, que sempre a usavam para perseguir e matar. Trouxeram-na internamente mirrada, embora o exterior seja normal e atraente. Estão imobilizadas no cimento em que se encarceraram, aguardando Jesus, para chamá-los ao meio e curá-los.

Amélia Rodrigues
       Psicografia de Divaldo Pereira Franco, no dia 18 de julho de 2000, em Paramirim, Bahia.
Publicada no Jornal Mundo Espírita de janeiro de 2001.
Em 16.01.2012.
(*) Marcos-3:1-6.
Nota da Autora espiritual.
 
  

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Divaldo Franco


"Divaldo tem uma estrela na boca", disse um dia Chico Xavier...
A seara é grande...
Eis que vem o semeador e a percorre
Seus passos são firmes, decididos, incansáveis.
As sementes de luz são lançadas
- lúculas que permanecem brilhando.
Todas as terras percorridas recebem ensementação.
Mas nem todas medram agora.
O semeador segue adiante.
Não olha para trás.
Os anos passam e ele caminha.
Divaldo Franco semeia.
Na esteira dos seus passos, todavia,
brilham estrelas que se acendem na noite dos tempos.
O semeador saiu a semear...

Extraído do livro "Semeador de estrelas", de Suely Caldas Schubert, LEAL,1989

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Divaldo Franco em Mato Grosso

Divaldo em Mato Grosso- Fevereiro - VÍTÓRIA SOBRE A DEPRESSÃO

Dia 1  - Sinop
Dia 2 - Cáceres
Dias 3 e 4 - Cuiabá e Várzea Grande


Mais informações: 36442727

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Divaldo Franco em Cuiabá

Divaldo Franco estará em Cuiabá no mês de fevereiro. Vá se programando e já faça sua inscrição...

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Receita Espírita

Pensamento sombrio? Alguns instantes de prece.


Irritação? Silêncio de meia hora pelo menos.

Tristeza? Ampliação voluntária da quota de trabalho habitual.

Impulso à crítica destrutiva? Observemos as nossas próprias fraquezas.

Desejo de censurar o próximo? Um olhar para dentro de nós mesmos.

Solidão? Auxiliar a alguém que, em relação a nós, talvez se encontre mais sozinho.

Tédio? Visita a um hospital para que se possa medir as próprias vantagens.

Ofensa? Perdoar e servir mais amplamente.

Ressentimento? Olvido de todo mal.

Fracasso? Voltar às boas obras e começar outra vez.



domingo, 1 de janeiro de 2012

A Lenda da Caridade

Médium: Chico Xavier     Autor: Meimei

Diz interessante lenda do Plano Espiritual que, a princípio, no mundo se espalham milhares de grupos humanos, nas extensas povoações da Terra.
O Senhor endereçava incessantes mensagens de paz e bondade às criaturas, entretanto, a maioria de desgarrou no egoísmo e no orgulho.
A crueldade agravava-se, o ódio explodia...
Diligenciando solução ao problema, o Celeste Amigo chamou o Anjo Justiça que entrou, em campo e, de imediato, inventou o sofrimento
Os culpados passaram a resgatar, os próprios delitos, a preço de enormes padecimentos.
O Senhor aprovou os métodos da Justiça que reconheceu indispensáveis ao equilíbrio da Lei, no entanto, desejava encontrar um caminho menos espinhoso para a transformação dos espíritos sediados na Terra, já que a dor deixava comumente um rescaldo de angústia a gerar novos e pesados conflitos.
O Divino Companheiro solicitou concurso ao Anjo Verdade que estabeleceu, para logo, os princípios da advertência.
Tribunas foram erguidas, por toda parte, e os estudiosos do relacionamento humano começaram a pregar sobre os efeitos doma ledo bem, compelindo os ouvintes à aceitação da realidade.
Ainda assim, conquanto a excelência das lições propagadas repontavam dúvidas em torno dos ensinamentos de virtude, suscitando atrasos altamente prejudiciais aos mecanismos da elevação espiritual.
O Senhor apoiou a execução dos planos ideados pelo Anjo da Verdade, observando que as multidões terrestres não deveriam viver ignorando o próprio destino.
No entanto, a compadecer-se dos homens que necessitavam reforma íntima sem saberem disso, solicitou cooperação do Anjo do Amor, à busca de algum recurso que facilitasse a jornada dos seus tutelados para os Cimos da Vida.

O novo emissário criou a caridade e iniciou-se profunda transubstanciação de valores.

Nem todas as criaturas lhe admitiam o convite e permaneciam, na retaguarda, matriculados ns tarefas da Justiça e da Verdade, das quais hauriam a mudança benemérita, em mais longo prazo, mas todas aquelas criaturas que lhe atenderam as petições, passaram a ver e auxiliar doentes p obsessos, paralíticos e mutilados, cegos e infelizes, os largados à rua e os sem ninguém.


O contato recíproco gerou precioso câmbio espiritual.
Quantos conduziam alimento e agasalho, carinho e remédio para os companheiros infortunados recebiam deles, em troca, os dons da paciência e da compreensão, da tolerância e da humildade e, sem maiores obstáculos, descobriram a estrada para a convivência com os Céus.
O Senhor louvou a caridade, nela reconhecendo o mais importante processo de orientação e sublimação, a benefício de quantos usufruem a escola da Terra.

Desde então, funcionam, no mundo, o sofrimento, podando as arestas dos companheiros revoltados: a doutrinação informando aos espíritos indecisos quanto às melhores sendas de ascensão às Bênçãos Divinas; e a caridade iluminando a quantos consagram ao amor pelos semelhantes, redimindo sentimentos e elevando almas, porque, acima de todas as forças que renovam os rumos da criatura, nos caminhos, humanos, a caridade é a mais vigorosa, perante Deus, porque é a única que atravessa as barreiras da inteligência e alcança os domínios do coração.