quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Trégua de Natal




Era noite de Natal de 1944. O menino e a mãe moravam em uma cabana na Alsácia, perto da fronteira Franco-alemã. O pai fora convocado para o Corpo de Bombeiros da Defesa Civil da cidade, que distava seis quilômetros.

Enviar o filho e a esposa para a floresta lhe tinha parecido uma boa ideia. Acreditou que ambos estariam a salvo.

Então, bateram à porta. A senhora foi abrir. Do lado de fora, como fantasmas contra as árvores cobertas de neve, estavam dois homens de capacetes de aço.

Um deles falou em uma língua estranha. Apontou para um terceiro vulto que jazia na neve.

Rapidamente, a mulher entendeu. Eram soldados americanos. Difícil dizer se eram amigos ou inimigos.

Eles estavam armados e poderiam ter forçado a entrada. No entanto, estavam ali parados, suplicando com os olhos.

Nenhum deles compreendia o alemão. Mas um deles entendia o francês.

A um sinal da mulher, entraram na casa conduzindo o ferido. O filho foi buscar neve para esfregar nos pés azuis de frio de todos eles.

O ferido estava com uma bala na coxa. Havia perdido muito sangue.

Eram três meninos grandes, de barba crescida: Gary, Fred e Mell.

Ema pediu ao filho que fosse buscar Schultz, o galo. Ela o estava guardando para quando o marido voltasse para casa. Talvez no Ano Novo. Mas agora Schultz serviria a um objetivo imediato e urgente.

Dali a pouco o aroma tentador do galo assado invadia a sala.

O menino punha a mesa quando bateram de novo à porta. Esperando encontrar mais americanos, depressa ele foi abrir.

O sangue lhe gelou nas veias. Lá estavam quatro soldados usando fardas muito conhecidas, depois de cinco anos de guerra. Eram alemães.

A pena por abrigar soldados inimigos era crime de alta traição. O garoto ficou parado, gélido, sem reação.

Ema se aproximou. Com calma nascida do pânico, ela desejou Feliz Natal.

Podemos entrar? - Perguntou o cabo alemão. Era o mais velho deles: 23 anos. Os outros tinham somente 16 anos.

Sim. - Falou Ema. E também poderão comer até esvaziar a panela. Mas temos três convidados que vocês poderão não considerar amigos.

Hoje é dia de Natal e não vai haver tiroteio. Coloquem todas as armas sobre a pilha de lenha.

Os quatro ficaram olhando para ela, indecisos.

Nesta noite única, - ela continuou - nesta noite de Natal, vamos esquecer a matança. Afinal de contas, vocês todos poderiam ser meus filhos. Hoje à noite não há inimigos.

Os soldados obedeceram. Entraram.

Os americanos também entregaram as armas, que foram parar em cima da mesma pilha de lenha.

Alemães e americanos se aglomeraram, tensos, na sala apertada.

Sem deixar de sorrir, Ema providenciou lugar para todos se sentarem.

Ela aumentou a ceia com aveia e batatas, um pão de centeio.

Um dos alemães examinou o ferido. A calma foi substituindo a desconfiança.

Com os olhos cheios de lágrimas, Ema pronunciou a oração: Senhor Jesus, Amigo e Mestre, sê nosso hóspede.

Em volta da mesa, havia lágrimas também nos olhos cansados da luta daqueles soldados. Meninos outra vez, uns da América, outros da Alemanha, todos longe dos seus lares.

No dia seguinte, eles tomaram das armas e cada grupo partiu para um rumo diferente, depois de terem se apertado as mãos em despedida.

Então, Ema entrou. Abraçada ao filho, abriu o Evangelho e leu na página da história do Natal, o nascimento de Jesus, a chegada dos magos vindos de longe.

Com o dedo ela acompanhou a última linha: ... E partiram para sua terra por outro caminho.

* * *

Estamos vivendo as vésperas do Natal de Jesus.

Proponhamos nosso armistício particular. Isso mesmo. Pensemos em alguém com quem nos tenhamos desentendido, magoado, ferido.

Agora é a hora de estender a mão, de perdoar, de abraçar.

Em nome de um Menino que veio pregar a paz e o amor.

Pensemos nisso! Mas pensemos agora!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Seminário - Terra: Um mundo de regeneração e você!


No último final de semana de Janeiro, dias 29 e 30, acontece o seminário Terra: Um mundo de regeneração e você!, proferida pelo expositor Alírio de Cerqueira Filho.

O seminário será realizado na sede da Federação Espírita do Estado de Mato Grosso (Av. Djalma Ferreira de Souza, nº 260, Morada do Ouro - Cuiabá/MT) com transmissão ao vivo pelos sites: www.tvcei.com www.espiritizar.org www.feemt.org.br - horário local.

Os horários do seminário são:

Sábado: 8h a 12h e 14h30 a 18h30
Domingo: 8h30 a 12h30

Lembramos que o horário é o de Cuiabá, uma hora a menos que Brasília.

Para mais informações, ligue para o atendimento da Federação Espírita do Estado de Mato Grosso - (65) 3644-2727

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Símbolos do Natal



O Natal, que logo estaremos a comemorar, apresenta alguns aspectos pouco conhecidos. Em especial no que diz respeito aos seus símbolos.Por exemplo, a árvore de Natal. Alguns acreditam que ela se originou no século oitavo. Teria sido o missionário São Bonifácio que a idealizou, em substituição ao culto realizado nas florestas ao deus Odin.

Outros afirmam que foi Martinho Lutero o seu idealizador, no século dezesseis. Registra a História que, na noite de Natal, Lutero caminhava por uma floresta de pinheiros. Olhando para o céu, viu as estrelas brilhando ainda mais belas, através dos galhos cobertos de neve.

Encantado com a beleza do quadro, cortou um galho, levou-o para casa e usou velas acesas para imitar o brilho dos astros que presenciara. A árvore de Natal veio para a América, na época colonial, trazida pelos alemães.

O presépio, por sua vez, teve origem no século treze. Foi na Itália. Na noite de vinte e quatro para vinte e cinco de dezembro de mil duzentos e vinte e quatro, Francisco de Assis teve a ideia de representar o nascimento de Cristo.

Preparou uma encenação, num estábulo verdadeiro, da manjedoura, do boi e do jumento. A tempos regulares ele mesmo aparecia em cena e falava a respeito do nascimento de Jesus.

Ainda no século treze, a representação idealizada pelo fundador das Ordens Franciscanas ficou conhecida em toda a Europa. Os cartões de Natal surgiram na Inglaterra por volta de mil oitocentos e quarenta e três. A iniciativa foi do diretor do Museu Britânico de Londres, Sir Henry Cole. Foram popularizados e começaram a ser impressos em mil oitocentos e cincoenta e um.

Dar presentes é uma tradição que tem origem em tempos recuados. Fazia parte das saturnálias, festas orgíacas de Roma, como também de festividades nórdicas. Entre os cristãos, o costume iniciou no século sete, com o Papa Bonifácio, que presenteava os necessitados, em nome do Divino
aniversariante.

As velas acesas no Natal para enfeitar as árvores e outros arranjos têm origem comum: o culto ao fogo. Só o tempo fez desaparecer as orgias pagãs e ajudou a apagar as recordações sobre a origem do fogo, que era o velho culto ao sol.

Desde que os símbolos não remontam à época do Cristo, conclui-se que ele, em essência, nada tem a ver com nenhum deles. Assim, comemorar o Natal nos permite ornamentar o lar com luzes, cores, enfeites. Mas importante não esquecer de preparar o coração.

Preparar a ceia de Natal para parentes e amigos, mas não esquecer de, em nome do Divino aniversariante, saciar a fome de quem a sofre.

* * *

Em mil oitocentos e setenta, durante a guerra entre a Alemanha e a França, um oficial prussiano idealizou cartões de Natal a partir de capas de alguns cadernos de colégio. Distribuiu aos seus soldados para que eles pudessem escrever aos seus parentes.

Foi assim que nasceram os primeiros cartões postais, que depois sofreram várias modificações.

Pode-se imaginar a emoção de uma mãe, uma esposa, a namorada, irmãos recebendo uma mensagem de Natal, escrita de próprio punho, por seu amor, de uma frente de batalha.

Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Nova diretoria do GEF



Num clima de muita descontração e harmonia foi eleita no último dia 24 a nova diretoria do GEF para o biênio 2011/2012.
Por consenso a presidência ficou com Cida Conagin, a vice com Rosa Lima Barros, a primeira secretaria com Angélica e a primeira tesouraria com Ziza. O Conselho Fiscal ficou com Maria Vitor, Amaury e Neide.
À nova administração desejamos sucesso e inúmeras realizações!
Que Deus abençoe a todos(as)!